O pai de Rachel Genofre – a menina de 9 anos encontrada morta, há um mês, em uma mala, na rodoferroviária de Curitiba -, Michael Genofre, lançou ontem sua organização não governamental (ONG) denominada Infância Livre.
O evento aconteceu durante a audiência pública promovida pela Comissão de Segurança na Câmara. No começo da noite de ontem, alguns parentes da menina participaram de uma missa em memória a Rachel, porém os pais dela não compareceram.
Michael afirmou que pretende iniciar as atividades em janeiro. “Com a ONG, formaremos redes de enfrentamento a todos os atos que se caracterizam como violência a crianças e adolescentes”, explicou. Segundo ele, a organização também vai dar apoio a vítimas e suas famílias.
Números
Desde janeiro, o Ministério Público do Paraná registrou 1.838 casos de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes. Em Curitiba, foram 267 ocorrências. Esses dados foram constatados pelo disque 100, o telefone nacional de denúncia contra qualquer forma de violência às crianças e adolescentes.
A audiência pública realizada ontem teve como objetivo reduzir estes números. De acordo com o promotor de Justiça da Infância e da Juventude no Paraná, Murillo Digiácomo, o MP está preocupado com a violência nessa faixa etária.
“Devemos cobrar das autoridades ações e políticas públicas que contribuam para a erradicação da violência contra esses jovens”, disse. O promotor aponta, ainda, a necessidade da participação da sociedade nas ações atuais.