A folha complementar que o governo do Estado está processando para os pagamentos das polícias Civil e Militar atende a antigas reivindicações de cada categoria. A Secretaria da Administração e da Previdência explica que os valores disponíveis para saque na próxima quinta-feira (13) representam a reestruturação dos salários conforme as hierarquias dos militares e a redefinição do quadro de carreiras dos policiais civis.
Para atender às exigências da lei, a secretaria precisou avaliar a composição salarial de cada um dos 25.288 policiais, inativos e pensionistas do quadro militar. Isto porque essa legislação acaba com as distorções que garantiam salários diferentes para militares dos mesmos níveis hierárquicos. Soldo, gratificação especial da PM, tempo de serviço e cursos foram os ítens da composição salarial, que precisaram ser calculados caso a caso, de forma que cada beneficiário da folha extra para os militares receberá um valor específico no pagamento, que estará disponível nos bancos a partir de quinta-feira.
Já os valores para o quadro de 4.368 policiais civis ativos, inativos e pensionistas foram estabelecidos conforme a Lei Complementar 96/02, que cria novas carreiras para a Polícia Civil. A legislação reestrutura as carreiras da Polícia Civil e unifica alguns cargos, sem qualquer tipo de perda salarial diante das novas definições. Os policiais civis que trabalham com investigações relacionadas a impressões digitais, por exemplo, contavam com os cargos de identificador datiloscópico e de datiloscopista. Agora, a partir da reestruturação, esses cargos deixam de existir e, no lugar deles, passa a haver o cargo de papiloscopista.