A morte da pequena Juliana de Campos Guimarães, de quatro meses e dez dias, revoltou moradores do Jardim César Augusto, em Colombo. Nem mesmo a prisão do padrasto da criança, Vlademir das Dores Oliveira, o ?Dinir?, 22 anos, acusado de ter matado o bebê, ajudou a aliviar o sentimento dos vizinhos. A indignação é porque, segundo os moradores, a tragédia poderia ter sido evitada. ?Na noite em que a criança morreu, a mãe e o padrasto pediram ajuda, dizendo que tinha acontecido um acidente com o bebê. Mas todos desconfiamos porque ela freqüentemente apresentava ferimentos no corpo?, declarou Cristiane, uma das reclamantes. ?Entramos em contato com o pessoal da assistência social, que fica a poucas quadras daqui, mas nada foi feito. Agora é tarde?, indignou-se.

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Porém, a assistente Marisa, do Centro de Referência a Assistência Social (Cras) Roça Grande, responsável pelo atendimento no bairro, informou que apenas uma denúncia foi feita envolvendo o padrasto de Juliana, mas não tinha relação com o bebê. ?A avó da criança veio até aqui para relatar que o Vlademir brigava muito com a mãe, e que uma vez teria dado um tapa na cara dela. Mas nunca teria agredido a enteada?, contou Marisa. Outra informação recebida pelo centro, há cerca de um mês, dava conta de que a mãe estaria deixando o bebê sozinho em casa. A partir dessa denúncia, a assistente Gleisa, do SOS Criança, foi até a residência, mas não verificou nada de anormal.

O delegado Hamilton da Paz, da delegacia local, informou que a mãe da criança, de 16 anos, não foi apreendida porque não havia provas de sua participação na morte de Juliana. As informações são de que a menina estaria morando com sua mãe, no bairro Arapongas, em Colombo.

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