Ouvidos os acusados de matar Giovanna

Mais um capítulo da intrincada história sobre o assassinato de Giovanna dos Reis Costa, 9 anos, foi escrita ontem no Fórum de Campina Grande do Sul. Durante toda a tarde, os acusados do bárbaro crime, Vera Petrovitch, Pero Theodoro Petrovitch Vich e Renato Michel, foram interrogados pela juíza, promotor e advogado.

Ao contrário da primeira audiência, ocorrida no dia 1.º deste mês, quando a rua em frente ao Fórum teve que ser isolada por policiais militares, ontem, a chegada dos acusados passou despercebida pela população. Vera e Pero estavam algemados juntos. A audiência foi secreta e a juíza Paula Priscila Candeo impediu que a imprensa acompanhasse os depoimentos.

Contradição

De acordo com o promotor Octacílio Saerdote Filho, os depoimentos foram muito satisfatórios e serviram para provar que a versão contada pelos acusados não é verdadeira. ?Eles entraram em contradição em vários pontos, principalmente em relação aos locais e horários onde estiveram durante a semana em que aconteceu o crime.

A história não foi bem ensaiada. Pero foi o que mais entrou em contradição?, avaliou o promotor.

Já a opinião do advogado de defesa dos acusados, Cláudio Dalledone Júnior, é outra. Para ele, a audiência serviu para esclarecer muitas pontos e fez cair por terra todas as acusações feitas pela polícia. ?Pero explicou de forma muito clara tudo o que aconteceu. Renato foi espontaneamente à delegacia, entregou o carro que Pero usava no dia do crime e ainda levou o rapaz até a polícia. Eles não devem nada?, afirmou Dalledone. Segundo ele, Vera e Pero fugiram porque temiam ser linchados.

?O verdadeiro assassino ainda está solto e vai cometer outros crimes?, concluiu.

Testemunhas

Na próxima segunda-feira, serão ouvidas as seis testemunhas de acusação.

A sétima testemunha, a delegada do município de Quatro Barras, Margarethe Alferes Motta, será ouvida em data ainda a ser definida.

O próximo passo será ouvir as testemunhas de defesa.

Crime macabro

Giovanna desapareceu em 10 de abril do ano passado quando vendia rifas de Páscoa pelas ruas do Jardim Patrícia, em Quatro Barras. Dois dias depois, ela apareceu morta, no mesmo bairro, jogada em um terreno baldio. Ela estava nua, amarrada com fio de luz, dentro de um saco plástico. As roupas da menina foram encontradas ao lado da casa dos ciganos, ponto de partida que fez com que passassem a figurar como principais suspeitos do crime. Vera e Pero estão presos. Renato está solto porque sua prisão preventiva foi revogada.

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