O ex-vice-presidente da torcida organizada Os Fanáticos, Fábio Marques, de 33 anos, conhecido como Barba Ruiva, compareceu à Delegacia de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) na tarde deste sábado (15) e confessou ser o autor do disparo de arma de fogo que matou o torcedor paranista Diego Henrique Raab Goncieiro, de 16 anos, em julho de 2012.
Pela manhã, o ex-presidente e atual advogado da Fanáticos, Juliano Rodrigues, conhecido como Suk, foi preso e indiciado como o autor do disparo. Ele negou a autoria e participação no crime, contestando o laudo e os exames balísticos realizados na arma. “As balas de uma arma possuem raias únicas que as identificam, são como o DNA, não existe duas armas com marcas iguais. A perícia afirma categoricamente que a bala que matou Diego saiu da do cano da arma de Juliano. É uma prova técnica definitiva” afirmou o delegado da Demafe Clóvis Galvão Gomes.
A nova versão
Segundo o depoimento de Fábio Marques, na época do crime, torcedores da Fúria Independente teriam atacado a sede da torcida organizada Os Fanáticos. Ao ir em busca de detalhes do ocorrido, ele teria sido reconhecido pelos paranistas, sofrido uma agressão e utilizado uma arma de fogo para se defender. Marques ainda afirmou que utilizou o próprio revólver para efetuar os disparos e depois o destruiu.
A polícia trabalha com a hipótese de que Fábio Marques utilizou a arma de Juliano Rodrigues para cometer o crime. “É o que o Juliano não quer esclarecer. Se esta circunstância for provada, está encerrado o inquérito policial. Estão encerradas todas as investigações”, declarou o delegado Clóvis Galvão em entrevista ao Paraná TV 2ª edição, da RPCTV.
Pela manhã, a família do jovem assassinado compareceu a delegacia. Abalados, o pai, duas tias e um dos irmãos de Diego afirmaram estar aliviados com a prisão. “Justiça foi feita. A polícia prometeu que pegaria o culpado e cumpriu. Mas, meu filho não vai voltar para casa nunca mais”, afirmou José Roberto Goncieiro, pai de Diego.
Mesmo com a confissão, Fábio Marquês não ficará preso por falta de provas materiais. Juliano Rodrigues continuará preso, pois, segundo a polícia, é coautor do crime.
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“Justiça foi feita. A polícia prometeu que pegaria o culpado e cumpriu”, declarou o pai de Diego. |