Cinco homens com idades entre 19 e 38 anos foram assassinados nos bairros Alto Boqueirão, Sítio Cercado, Tatuquara e Cachoeira entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, na capital.
A onda de violência teve início às 22h30 de sexta-feira, com o assassinato do servente de pedreiro Marlon Gelcio Ribeiro, 19 anos, que voltava de uma pizzaria em companhia de amigos.
Ele foi baleado na Rua Antônio Zak, no Alto Boqueirão. Segundo parentes do rapaz, um amigo dele também foi ferido e está hospitalizado. Marlon morreu na entrada da ponte que dá acesso ao Bairro Novo, a cerca de 50 metros de casa.
Testemunhas disseram que os autores estavam numa motocicleta e já chegaram atirando. Segundo informações da Delegacia de Homicídios, Marlon foi ferido com dois tiros no peito, um na cabeça, um no braço esquerdo de raspão e outro na mão esquerda.
Parentes do rapaz, que estiveram no sábado pela manhã da delegacia, suspeitam que ele foi morto por engano. “Os amigos pularam na valeta. Como ele não devia para ninguém, ficou lá parado”, contou uma prima. Ela disse que há três anos também teve o irmão assassinado.
Paulo Fernando Rocha, 19, estava na festa de aniversário de 15 anos de um amigo, no Ganchinho, quando foi baleado e morto. O sobrinho da mulher e o dono da casa também foram feridos durante o tiroteio.
“Nós chegamos a descobrir os assassinos, mas as investigações não prosseguiram. Ainda não sei por que meu irmão foi morto. Ele era trabalhador”, lamentou. Quanto à morte de Marlon, a polícia deverá localizar os amigos do rapaz para chegar aos autores do crime.
Agredido ao sair de bailão
Janaina Monteiro
Depois de sair de um bailão no Cachoeira, Agnaldo Morroni, 38 anos, foi agredido até a morte na madrugada de sábado. Segundo informações da Delegacia de Homicídios, ele estava acompanhado de amigos e deixou o bailão por volta de 2h30, dizendo que iria se encontrar com uma mulher.
Mais tarde os amigos souberam que ele foi assassinado. Agnaldo foi encontrado ao lado da linha férrea, na Rua Flávio Dallegrave, com marcas de agressão. De acordo com a Polícia Militar, testemunhas viram três homens chutando e dando pauladas no rapaz. A DH investiga o caso e deverá ouvir testemunhas no início da semana.
Baleado na cabeça
Janaina Monteiro
Outra vítima da violência na madrugada de sábado foi Lourival Batista, 26 anos. O crime aconteceu pouco antes das 2h, na Rua Dr. Levy Buquera, Sítio Cercado. De acordo com a polícia, Lourival levou tiros na cabeça e no peito e foi encaminhado por populares à Unidade de Saúde 24 horas do bairro, aonde chegou morto.
A mulher da vítima esteve na manhã de sábado na Delegacia de Homicídios e disse que o marido saiu de noite para ir ao bar, com um amigo. Ela não soube informar quem poderia ter assassinado o marido nem o motivo do crime.
Mais um no Sítio Cercado
Márcio Barros
Mesmo com o rápido atendimento do Siate, Eliseu Marques de Oliveira, 30 anos, não sobreviveu. Ele foi ferido com quatro tiros por volta de 22h20, de sábado e morreu logo depois de dar entrada no Hospital do Trabalhador.
O crime aconteceu na Rua 6, próximo da Rua Eduardo Pinto da Rocha, na Vila Osternack, Sítio Cercado. O socorrista Azevedo, do Siate, disse que o rapaz foi ferido com tiros na cabeça, no ombro e no peito e, quando eles chegaram para atendê-lo, tiveram que retira-lo rapidamente, pois o lugar não estava seguro e a polícia ainda não havia aparecido.
“Não só pela falta de segurança, mas também pelo estado do rapaz, que era muito grave, resolvemos seguir para o hospital o mais rápido possível”, contou Azev,edo.
No meio do caminho a ambulância encontrou a viatura que transportava o médico e ali mesmo fizeram outros procedimentos necessários para que ele chegasse com vida no hospital. O caso vai ser investigado pela Delegacia de Homicídios.
Jura cumprida
Janaina Monteiro
Jurado de morte há uma semana, Eliel Ferreira dos Santos, 25 anos, foi assassinado, na sexta-feira, na Rua Paulo Zinher, Jardim da Ordem, Tatuquara. Moradores disseram ter escutado vários tiros por volta de 22h20 e, quando saíram na rua, encontraram o rapaz caído morto com quatro balas na cabeça.
Segundo informações da Delegacia de Homicídios, Eliel era usuário de drogas; esteve diversas vezes preso e estava em liberdade há sete meses. Há cerca de uma semana, ele foi jurado de morte por traficantes da região. A polícia busca agora identificar os suspeitos.