Foto: Polícia Federal |
Armas e rádios apreendidos com quadrilha na operação. continua após a publicidade |
A Polícia Federal desmantelou ontem, em Foz do Iguaçu, durante a Operação Rapel, uma organização criminosa que contrabandeava mercadorias do Paraguai. Entre as treze pessoas presas, cinco são guardas municipais, acusados de transportar os produtos e também de se valer da farda para escoltar o grupo. Com a quadrilha, foram apreendidos três armas, cinco veículos, rádios de telecomunicação, celulares e mercadorias.
As investigações foram iniciadas há cerca de nove meses pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC) e, em janeiro deste ano, a Polícia Federal entrou no caso. No início, pensava-se que a quadrilha se valia apenas da tática de Rapel, na Ponte da Amizade, para trazer a mercadoria para o Brasil. Mas depois a PF descobriu que o grupo também utilizava barcos, fazendo a travessia do Rio Paraná e estocando os produtos, provisoriamente, num local da região do Jardim Jupira, em Foz do Iguaçu. De lá, o material seguia em pequenos carros até as cidades vizinhas e era escoado para outras regiões do País.
O transporte em pequenos volumes e contínuo, dificultou a atividade de repressão, mas ainda assim foram realizadas onze ações nesse período pela polícia. Ontem, a PF conseguiu lavrar dois flagrantes. Um dos guardas foi preso com as armas e os rádios de telecomunicação e um contrabandista estava num estabelecimento comercial mantido pelo grupo, com várias mercadorias.
Segundo o delegado da PF Alexander Noronha Dias, os guardas municipais atuavam em duas frentes. Transportavam o contrabando e ainda atuavam como batedores da quadrilha quando estavam fardados. Foram presos o inspetor da guarda municipal Ubirajara Pigatto Ribeiro e os guardas Getúlio Antônio dos Santos, Ricardo Tadeu Cabral, Marcelo Yarid Enríquez e Alex Dalcin. Os dois últimos já tinham sido presos em julho, em outra ação da polícia para desmantelar a quadrilha. Ambos estavam afastados do trabalho.