Em ação conjunta da Polícia Federal e da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, foram presas 47 pessoas no noroeste do Estado sob acusação de contrabando, facilitação para o contrabando, corrupção e formação de quadrilha. Entre os presos, 35 são policiais militares, nove são policiais civis e três são políticos da região. Outros três mandados de prisão ainda devem ser cumpridos. Entre os procurados estão outro policial militar e um empresário, que pode ter fugido para o Paraguai. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Segundo o superintendente da PF no Paraná, Delci Carlos Teixeira a ação tem relação com o atentado ao juiz federal de Umuarama, Jail Azambuja, na semana passada. Duas pessoas que estavam em uma motocicleta deram vários tiros contra o carro do qual o juiz acabara de sair. Os dois suspeitos foram presos no fim de semana assim como um tenente da Polícia Militar, que seria o mandante do crime. O juiz Azambuja e o Ministério Público em Umuarama investigam a atuação de contrabandistas e traficantes na região. "Há um indicativo de que talvez em razão disso houve o atentado, como uma maneira de intimidar", disse Teixeira.
O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, colocou 120 policiais militares e civis para ajudar os 46 federais na operação que recebeu o nome de Força Unida. "A proposta do governo e da secretaria é combater a corrupção interna", salientou o secretário. As prisões foram feitas nos municípios de Umuarama, Icaraíma, Iporã, Cianorte, Ivaté e Cruzeiro do Oeste. Em Ivaté e Cruzeiro do Oeste foram presos dois vereadores, e, em Alto Paraíso, o vice-prefeito. Segundo a polícia, somente com os depoimentos será determinada a participação de cada um dos suspeitos no esquema.