Quase 140 gramas de crack, que resultariam na produção de 292 pedras, foram apreendidos ontem no Tatuquara, na Operação Face Oeste I, desenvolvida pela Divisão de Narcóticos (Dinarc) em conjunto com a Polícia Militar. Maria do Socorro Firmino da Silva, 46 anos, foi presa e autuada em flagrante pela delegada Luciana de Novaes Parolin, da Subdivisão de Inteligência e Informação. Uma adolescente, de 17 anos, foi encaminhada à Vara da Infância e Juventude, onde deverá responder por tráfico, e um rapaz, de 19, foi autuado por uso de entorpecente.
O delegado Osmar Dechiche, chefe da Dinarc, informou que a operação resultou de várias denúncias anônimas, feitas através do telefone 181 e na própria delegacia. ?Com base nas informações, o Centro de Operação Conjunto (COC), ligado a Secretaria de Segurança, planejou a operação e nós executamos os mandados de busca e apreensão?, explicou o delegado, acrescentando que a Justiça decretou sete mandados com base nas investigações preliminares.
Com a ordem judicial nas mãos, às 5h de ontem cerca de 180 policiais, entre Civis e Militares, foram ao Tatuquara. A delegada Luciana Parolin informou que a operação foi desenvolvida com sucesso e não houve resistência dos suspeitos. ?Em três casas fizemos três apreensões?, contou.
Na residência de Maria do Socorro, os policiais encontraram 46 pedras de crack, pesando 0,5 grama cada. Além de duas pedras grandes, uma com 10,3 gramas e outra com 17,7 gramas, que seriam transformadas em mais 60 pedras. Com a adolescente, em outra moradia, os policiais encontraram 86,6 gramas de crack, que, divididos em papelote, dariam para fazer 172 buchas. Na casa do rapaz foi achado um pequeno papelote, pesando 0,2 grama. ?Ele foi autuado por uso, mas deverá ser beneficiado pela nova lei de tóxicos, que entra em vigor em outubro, e será encaminhado para tratamento?, comentou Luciana.
Denúncias
O delegado Osmar Dechiche avisou que novas operações devem ser realizadas no Tatuquara, devido ao grande número de denúncias de tráfico de drogas na região. Ele solicitou às pessoas que denunciem através do telefone 181 ou pelo telefone 3342-6713. Não é necessário se identificar. ?Com as denúncias, damos início as investigações, que na maioria das vezes acaba em prisões e apreensões?, explicou o delegado.