A Operação Colônia, da Polícia Federal, prendeu 63 integrantes de seis quadrilhas, entre eles policiais, suspeitas de desvio de cargas no Porto de Paranaguá. Outras 36 pessoas estão foragidas. Não se sabe há quando tempo os bandidos atuavam, mas a estimativa é de que, apenas neste ano, os bandidos tenham causado um prejuízo superior a R$ 3 milhões, com o desvio de 2 a 3 mil toneladas de grãos, fertilizantes e óleo de soja. O crime lesou terminais privados, afetando oito empresas.

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Além dos mandados de prisão, foram expedidos 98 de busca e apreensão, pela 1ª Vara Criminal de Paranaguá. Foram apreendidos sete carros, sete caminhões sem as cargas, R$ 217 mil e três armas. Entre os presos estão dois investigadores da Polícia Civil de Curitiba e um de Paranaguá, um advogado e um funcionário da Receita Federal, que se identificava como fiscal. “Os policiais recebiam pedido de prisões e avisavam os suspeitos para que eles fugissem, em troca de benefícios financeiros”, explica Jorge Luiz Nasário Fayad, comandante da operação.

Empresários

Foram envolvidos nas buscas 352 policiais (160 militares) em 105 viaturas. A maioria das prisões foi feita em Itajaí (SC), Santos e Taubaté (SP), Dourados (MS), Curitiba e Paranaguá. Em Maringá foi preso o principal receptador das quadrilhas. Além dele, outros dez empresários que recebiam as cargas também foram detidos. A Polícia Federal não divulgou o nome dos presos, que foram encaminhados ao Centro de Triagem II, em Piraquara.

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De acordo com Maurício Leite Valeixo, superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, são procurados outros envolvidos nessas quadrilhas e em outras que atuam no Porto de Paranaguá. Os policiais presos responderão por corrupção passiva, prevaricação e formação de quadrilha. Os outros presos são acusados de crimes como estelionato e falsificação de documentos públicos.

Golpes

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A investigação teve início no ano passado, quando uma empresa procurou a PF. Com apoio do Ministério Público Estadual, a equipe de Paranaguá iniciou os levantamentos.

As quadrilhas eram independentes e agiam de várias maneiras. Algumas enviavam caminhoneiros com documentos falsos, em um caminhão de placas clonadas, para receber a carga, antes do funcionário da empresa. Outras quadrilhas utilizavam balanceiros para registrar descargas fictícias e, em outros casos, o produto desviado era substituído por falsificações de menor valor.