A Polícia Federal desencadeou hoje (06) em Guaíra e região, a Operação Erupção, com o objetivo de desarticular grupo composto por policiais federais e empresários suspeitos de facilitar o contrabando e descaminho de mercadorias em área de fronteira, recebendo vantagens financeiras de criminosos para deixar de combater as ações ilícitas por eles praticadas, cometendo, inclusive, o crime de lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 16 ordens de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Curitiba, nos municípios de Guaíra, Londrina e Francisco Alves, todos no estado do Paraná.
Investigações realizadas pela Polícia Federal, que tiveram início há um ano, demonstraram que a lavagem de dinheiro ocorria de diversas maneiras: parte dos investigados aplicava os recursos no mercado imobiliário com a compra de imóveis na região de Guaíra e na construção de empreendimentos. Outra parte investia em franquias no Paraguai. Por fim, outro núcleo é suspeito de desvio de mercadorias que deveriam ser apreendidas em ações da PF.
Verificou-se que os integrantes da quadrilha teriam movimentado cerca de três milhões de reais, por meio da aquisição de imóveis em nome de terceiros, contas laranja, além da montagem de negócios no Paraguai para dificultar a identificação da origem ilícita da verba.
A PF obteve autorização para o bloqueio de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo criminoso. Os servidores públicos envolvidos responderão a processo administrativo, com afastamento preliminar das funções, podendo acarretar em pena de demissão.
Os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, peculato, contrabando e descaminho, concussão e abuso de autoridade. Os presos permanecerão custodiados na Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná.