Outras quatro pessoas foram presas ontem, em Mato Grosso do Sul, pela Polícia Federal que dá continuidade à Operação Hidra, desencadeada na última quarta-feira. A operação desmantelou a maior quadrilha especializada em contrabando e descaminho de cargas de todo o Brasil. Com isso, 68 pessoas já estão detidas – entre elas todos os mandantes da quadrilha – restando 19 mandados de prisão para serem cumpridos. Só no Paraná -onde a quadrilha estava sediada -30 pessoas foram presas até agora.

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Entre os detidos estão 10 policiais rodoviários estaduais e um policial federal. Todos eles estão detidos no Batalhão da Polícia Militar de Maringá. As mulheres presas durante a operação foram encaminhadas para o presídio feminino de Astorga. Os demais detidos estão, na maior parte, na delegacia da PF em Maringá e em Foz do Iguaçu. Para Foz, foram recambiados Milton Sposito Prado, 45 anos, preso em Eldorado, no Mato Grosso, e cinco outros envolvidos com a quadrilha, detidos na região de Umuarama – Cícero Venâncio da Silva, Rogério Fabicheo, Éder Fabicheo, Jackson Esthesne e Ailton Benetatti. Todos têm mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal de Maringá, válido por cinco dias, renováveis por mais cinco.

Cerca de 60 contas correntes, pertencentes aos mandantes da quadrilha e a alguns "laranjas", foram bloqueadas. Até o fim da tarde de ontem, a PF havia apreendido 110 veículos – 32 do Paraná e 78 no Mato Grosso do Sul. Ao todo, a Justiça determinou a apreensão de 422 veículos – a maioria deles caminhões e carretas – utilizados para transportar o contrabando. Como a maior parte desde caminhões está circulando pelas estradas brasileiras, a PF bloqueou a documentação de todos os veículos junto ao Detran e informou que a apreensão de todos eles só é uma questão de tempo.

A Operação Hidra está sendo realizada simultaneamente no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Depois de 10 meses de investigação, a PF conseguiu desmantelar uma quadrilha especializada em trazer contrabando de produtos de alto valor de mercado do Paraguai, usando para isso caminhões com fundos falsos. A quadrilha movimentava cerca de R$ 30 milhões mensais, segundo a PF, e era responsável por 50% de todo o contrabando que entrava no Brasil via terrestre.

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