Equipes da Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, realizaram uma operação, ontem, contra o tráfico de drogas em Araucária. Foram cumpridos quatro mandados de prisão, dois deles contra pessoas que já estavam presas, e 12 de busca e apreensão. Um dos objetivos também era vistoriar a carceragem da delegacia, onde estas duas pessoas estavam, e averiguar a participação dos presos em quadrilhas de traficantes, assim como denúncias de tráfico dentro da carceragem.
As outras duas pessoas que eram alvos da força-tarefa foram capturadas no centro do município e no Jardim Tupi. Todas as ações contaram com apoio de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e tiveram acompanhamento de membros do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Justiça.
Tratamento
Durante a inspeção na delegacia, presos reclamaram da maneira como foram tratados pelos policiais da força-tarefa. Alguns alegaram ter sofrido agressões enquanto as revistas eram realizadas nas celas. Outros teriam apanhado quando faziam fila para a vistoria. Thiago Dias da Paixão, 29 anos, contou que fez cirurgia dias antes e que um dos policiais acertou uma pancada na cicatriz, provocando a abertura do corte.
Além dele, outros dois presos foram levados ao Instituto Médico-Legal para fazer exames de corpo de delito, requisitados pelo delegado Amadeu Trevisan, titular da delegacia. Os pedidos foram assinados por ele às 8h da manhã, duas horas após o início da operação.
Um grupo de policiais do Gaeco também foi ao IML. Eles se limitaram a negar qualquer agressão aos detentos. Em nota, a coordenadoria do Gaeco informou que “a ação foi feita em cumprimento a mandado judicial e realizada dentro dos parâmetros legais, com o devido respeito às pessoas dos presos”. A Promotoria de Justiça de Araucária acompanha a investigação das denúncias contra os policiais.