Operação contra o tráfico prende 43 na Grande Curitiba

A quadrilha apontada como responsável por 30% da distribuição de drogas, principalmente crack, em Curitiba e municípios da região metropolitana foi desmantelada ontem, numa operação que envolveu mais de 150 policiais militares. Quarenta e três pessoas foram presas, entre elas três irmãs que seriam as líderes de todo o esquema. Segundo a polícia, o bando movimentava cerca de R$ 2 milhões por mês. As prisões aconteceram em Curitiba, municípios da RMC e em Foz do Iguaçu.

A operação, denominada Fênix, envolveu também membros do Ministério Público. As investigações começaram há 11 meses e, ontem, culminaram no cumprimento dos mandados de prisão. Dos 47 expedidos, 43 foram cumpridos. Foi feita uma varredura tanto em Curitiba quanto em municípios como São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Piraquara, Fazenda Rio grande e, principalmente, Colombo, onde estava o principal braço da quadrilha.

Além das prisões, a operação resultou na apreensão de dez armas, cerca de cinco quilos de crack, mais de R$ 16 mil em dinheiro, balanças de precisão, dezenas de telefones celulares, alguns veículos, computadores e cerca de R$ 100 mil em jóias. O material e 40 presos (três permanecem em Foz do Iguaçu) foram levados ao Quartel-General da Polícia Militar, em Curitiba, onde chegaram num ônibus da polícia. Eles foram apresentados à imprensa e depois encaminhados ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), de onde serão encaminhados para o Sistema Penitenciário. Antes da operação, 16 pessoas da quadrilha já tinham sido presas em situações distintas, também relacionadas ao tráfico de drogas.

Grupo de marginais agia em duas frentes

A polícia ainda irá esmiuçar a participação de cada preso no esquema, mas já se sabe que o grupo agia em duas frentes. Uma era a comandada por Idete Trento, presa em Foz do Iguaçu junto com outros dois comparsas, também durante a operação. Idete trazia a droga do Paraguai e repassava para as irmãs, Rosa e Mara. Rosa mora em Santa Felicidade, e com ela a polícia prendeu R$ 10 mil em dinheiro e dois carros. Com Mara, que mora em Colombo, foram apreendidos um revólver calibre 38 e um veículo. As duas organizavam a distribuição da droga, que saía principalmente de Colombo e era distribuída em Curitiba e demais municípios da RMC. Uma outra irmã delas, chamada Neucira, conseguiu fugir. Ela era a responsável por guardar em casa os entorpecentes, tanto que na residência dela, também em Colombo, a polícia apreendeu 3,5 quilos de crack. Na casa de uma quinta irmã das traficantes, foram apreendidos R$ 100 mil em jóias, mas a mulher foi liberada porque não fazia parte do esquema criminoso, apenas guardava as jóias.

Em Colombo, onde se concentravam as ações da quadrilha, aconteceu o único incidente da operação. Wesley de Oliveira, subordinado das traficantes e responsável por fazer a segurança do transporte das drogas e do dinheiro, recebeu a polícia a tiros. Ninguém se feriu e o criminoso foi preso com três armas, entre elas uma ponto 40, além de munição e celulares.

A outra frente da quadrilha agia em Piraquara. Foram presos Daniel Moreira e Iran dos Santos Rosa, que são apontados como os líderes da quadrilha. Os dois recebiam a droga que vinha da Bolívia, passava pelo Mato Grosso do Sul e por fim também era distribuída em Curitiba e municípios da RMC. Os dois traficantes e as mulheres seriam os ?cabeças? da rede, que envolve os demais 39 presos.

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