Operação contra o tráfico no Santa Quitéria

Operação policial na invasão Portelinha, Santa Quitéria, prendeu uma mulher, suspeita de chefiar o tráfico na região. Mais de cem policiais, de várias unidades, participaram da ação, iniciada por volta das 5h de ontem, e cumpriram 26 mandados de busca e apreensão.

Aliocha Maurício
Nelly: negou ser a chefe.

O objetivo principal era localizar Nelly Mendes de Moraes, 40 anos, conhecida como “Maria Flor”. Ela foi denunciada pela população, através do telefone 181, como mandante de vários assassinatos em decorrência do tráfico. O marido dela está preso por tentativa de homicídio.

“Sou pobre, não tenho nada e moro em um barraco de favela. Como vou ser chefona do tráfico?”, indagou Nelly. Ela disse que o verdadeiro traficante é uma pessoa rica, que a acusou para sair impune.

Mesmo assim, Nelly foi autuada em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Outras dez pessoas também foram encaminhadas à DH para averiguação.

Buscas

Os policiais também tentaram localizar Thiago Henrique de Lacerda Franceschini, o “Ti”, 23, e Eduardo de Souza de Lima, o “De Menor”, 19, que seriam “soldados” de Nelly no tráfico.

A dupla, que permanece foragida, pode estar envolvida em pelo menos seis homicídios na vila. Contra eles já vigoravam outros mandados de prisão. Quem tiver informações sobre os acusados, pode ajudar a polícia com denúncias anônimas à Delegacia de Homicídios (DH), pelo telefone 3360-1400.

Durante as revistas nos 26 endereços, os policiais apreenderam celulares, três buchas de maconha, um cachimbo para consumo de crack e R$ 1,5 mil em notas trocadas.

“O dinheiro é uma evidência que realmente há indícios de tráfico envolvendo Nelly, como apontaram as denúncias”, ressaltou o delegado Cristiano Quintas, da DH.