Operação Cataratas apreende 60 milhões de dólares em contrabando

Terminou ontem a Operação Cataratas, a maior operação já realizada no País para combater comboios de sacoleiros vindos do Paraguai. De acordo com a Receita Federal (RF), a operação diminuiu em cerca de 60% a prática de contrabando e descaminho na região.

De novembro de 2004 a outubro de 2005 foram apreendidos mais de US$ 60 milhões em mercadorias contrabandeadas e descaminhadas, entre elas produtos de informática, equipamentos eletrônicos, cigarros, CD’s e DVD’s, além de 1,2 mil veículos apreendidos. "Porém o resultado mais expressivo foi a redução, em mais de 60% no volume de mercadorias ilícitas e na extinção dos comboios", diz o delegado da Receita em Foz, José Carlos de Araújo. Segundo dados da RF, este montante corresponde a um crescimento de 121% das apreensões se comparado com o mesmo período do ano anterior, que foi de pouco mais de US$ 27 milhões. Durante a Operação foram apreendidos, ainda, mais de duas toneladas de Maconha, 13 quilos de cocaína e 22 quilos de crack.

Cerco

Durante os 12 meses de vigência, a RF realizou serviços de busca, ações surpresas e perseguições, algumas com toques cinematográficas, utilizando até helicópteros para perseguir os comboios. "Nos últimos meses tem chamado a atenção a violência com que o crime organizado tem reagido à operação. Houve perseguições com trocas de tiros, granadas no meio de mercadorias irregulares que estavam sendo fiscalizadas, ameaças de morte, incêndios aos ônibus apreendidos e até bloqueios de estrada", ressalta o delegado. "Isso se deve à grande logística que o crime organizado utiliza em sua atuação".

A receita contou com a parceria da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Fronteira Blindada

Ontem também teve início a Operação Fronteira Blindada, que vai até dia 30 de junho de 2006. Segundo o delegado José Carlos de Araújo, o nome da operação muda, mas as estratégias e a logística dos trabalhos continuam as mesmas: postos fixos e outros não definidos, equipes volantes realizando serviços de busca e fiscalização, entre outras atividades. "E todos os órgãos estatais que participaram da Operação Cataratas continuam a parceria", diz.

Segundo levantamentos da RF, anualmente, o país perde cerca de US$ 10 bilhões em arrecadação de tributos com o contrabando, sendo a região de Foz do Iguaçu uma das principais rotas para a atividade.

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