Cinqüenta e quatro adolescentes e seis crianças foram apreendidos neste final de semana em Ponta Grossa, em uma operação realizada em conjunto pela Polícia Militar e o Conselho Tutelar. O foco da operação foram as danceterias noturnas, o Complexo Ambiental, o terminal de ônibus, bares situados na área central e algumas vilas da periferia. Esta foi a segunda megaoperação realizada nos últimos dias. No final de semana anterior foram feitas 80 apreensões. Os menores apreendidos foram encaminhados à 13.ª Subdivisão Policial.
O comandante do 1.º Batalhão da Polícia Militar, major Francisco Ferreira de Andrade Filho, avaliou a operação como positiva: ?Embora tenha sido notada a redução na freqüência de menores em locais considerados de risco, o número de apreensões foi significativo?. Ele contou que os menores apreendidos ingeriam bebidas alcoólicas e praticavam outras irregularidades. ?É lamentável a constatação de que jovens, e até crianças, estão envolvidos com bebidas alcoólicas. Devemos chamar os pais à responsabilidade de não permitir que seus filhos se sujeitem a tais situações, que podem ter conseqüências nefastas, não só para eles como para toda sociedade?, enfatizou.
A operação começou às 23h de sábado e só encerrou na manhã de domingo. ?Aproveitamos os horários que coincidiram com as saídas dos clubes, quando acontece o confronto de gangues vindas da periferia, além de danos ao patrimônio, assaltos e agressões.? O comandante disse que ficou horrorizado com situações encontradas pelos policiais. ?No Jardim Los Angeles, uma criança de 11 anos foi encontrada consumindo bebida alcoólica?, citou. No bairro Oficinas uma criança de 12 anos estava bebendo em um bar. No Complexo Ambiental, quatro crianças menores de 12 anos também estavam ingerindo bebidas alcoólicas.
O comandante informou que todos os pais das crianças e adolescentes foram notificados pelos Conselhos Tutelares e as informações foram repassadas para a juíza Noeli Tavares Redack, da Vara da Infância e da Juventude, que pode aplicar aos pais advertência, multa e até mesmo a perda da guarda do filho que foi flagrado em situação de risco.
