Onze presos por esquema de extorsão

Mais onze pessoas, entre elas três auditores da Receita Estadual, acusadas de envolvimento em um esquema de extorsão contra caminhoneiros, foram presas ontem pela manhã. Joicimery Iczzavski, 37 anos, Cleber da Silva, 26, Eduardo Lopes Duraes dos Santos, 25, Luiz Paulo Bini Rocha, 26, Daniel Silva Moura de Oliveira, 34, Lucélia de Fátima Gonçalves, 30, e o auditor Dionísio Dronk, 60, foram detidos em Curitiba. As prisões dos auditores Marco Antônio Pereira, 41 e José Zatorski, 37; e de Ângela Hartmann, 23, e Ana Maria Spesato dos Santos, 45, ocorreram em União da Vitória. Todos são acusados de formação de quadrilha, ocultação de bens, lavagem de dinheiro e concussão (extorsão cometida por funcionário público).

 As investigações começaram no início deste ano, na delegacia de União da Vitória. Na época das prisões, o delegado Agenor Salgado, então titular da delegacia, e que comandou a Operação Integridade, informou que a quadrilha foi investigada durante seis meses, e que foi apurado que as vítimas dos auditores eram motoristas de caminhões e empresas que transportavam cargas com irregularidades. Os caminhões passavam pelo posto da Receita Estadual Ariovaldo Huergo, em General Carneiro, no sul do estado. Segundo a polícia, os valores das extorsões variavam de R$ 300 a R$ 15 mil, dependendo da vítima.

No dia 17 de julho foram efetuadas as prisões de Edson Rosa Fernandes, Hsu Keng Wei, Luís Carlos Maceno, Genóbio Eduardo Jaime Rivero, José Luís da Silva, Laurito Francisco Lemes, todos auditores fiscais, e o funcionário da Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos) Vilmar Correia de Mello, além de Paulo Hatmann.

No dia 6 de outubro, o auditor fiscal da Receita Estadual Ivan Carlos dos Santos, 51 anos, que estava foragido, foi recapturado em Florianópolis (SC). Também em outubro se apresentou à polícia o auditor Horácio Hurpia, 39 anos, acusado de envolvimento no esquema.

Depoimento

De acordo com o delegado Sérgio Sirino, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), o depoimento do auditor fiscal Ivan Carlos foi importante para a continuidade das investigações. ?A quadrilha era formada por auditores fiscais e pessoas que emprestavam seus nomes e suas contas bancárias para os depósitos do dinheiro conseguido nas extorsões?, disse Sirino.

Ele salientou que Ângela Hartmann era proprietária da empresa Assemp, usada na lavagem de dinheiro. ?Esta empresa era fantasma?, afirmou Sirino. Ele contou que Ângela é filha Paulo Hatmann, preso na primeira fase da operação. ?O dinheiro que eles recebiam de extorsões era depositado nas contas e depois distribuído?, disse. Segundo ele, todos os bens dos acusados foram bloqueados pela Justiça e as investigações continuam para apurar o valor extorquido. 

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