Keshara

Oito são presos em Curitiba por exploração sexual de travestis

Travestis que se prostituíam no Boqueirão e no centro de Curitiba eram cobrados pelo ponto por uma quadrilha que praticava também tráfico de drogas, furtos e roubos. Três mulheres, quatro homens e um travesti suspeitos de integrar o grupo foram detidos nesta segunda-feira (21).

A investigação sobre a atuação dos criminosos, feita pelo 7º Distrito Policial, começou em agosto deste ano a partir de informações anônimas recebidas pelos policiais. Os mandados de prisão foram cumpridos na Operação Keshara, palavra que significa experiência fora do corpo – um dos efeitos da ketamina, droga vendida pela quadrilha.

A Ketamina era produzida pelo ressecamento de um medicamento de uso veterinário, comprado pelos bandidos no mercado clandestino. Segundo o delegado Matheus Layola, a caixa do remédio custa R$ 150 e com ela eram produzidos 5 gramas do entorpecente – vendido a R$ 150 a grama.

Durante a operação também foram apreendidos 1,5 kg de maconha, cerca de 50 g de cocaína, um simulacro de pistola e uma capa de colete balístico.

Átila Alberti

Prisões

Apontado como um dos líderes da quadrilha, Kemps Vieira Guerra, 27 anos, foi preso em 2010, suspeito de comandar, junto com o irmão, uma rede de prostituição de homossexuais no Centro. Desta vez, a irmã dele, Kelly Patricia Vieira Guerra, 34, a namorada Camila Rechetello de Souza, 27, e a sogra Marly Rechetello, 49, também foram detidas. Os outros suspeitos de integrar a quadrilha detidos foram José Mario Rabello Neto, 26, Diego Antonio dos Santos, 24, Luan Luiz Taborda, 23; e Jean Augusto Bastos do Prado, mais conhecido como “Jeani”, 31.

“Cada um tinha uma função nessa quadrilha. A gente tem informações de que eles praticam vários crimes como tráfico de drogas, receptação de veículos, roubo a veículos, rufianismo – que é manter uma casa de prostituição, e também extorsão”, explicou o delegado.

Jeani reclamou com os policiais sobre a prisão, pois está com a cirurgia de mudança de sexo marcada para o próximo mês. Ela negou cobrar pedágio dos travestis e disse que apenas alugava quartos para os programas. Os outros suspeitos não quiseram comentar as prisões. 

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