Os promotores de Justiça do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, propuseram denúncia criminal por tortura contra oito policiais militares lotados em Curitiba.

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De acordo com o MP-PR, em uma madrugada de março de 2009, cinco policiais que faziam ronda no centro da capital abordaram um homem e duas mulheres, próximo ao cruzamento da Alameda Doutor Carlos de Carvalho com a Rua Voluntários da Pátria. Essas pessoas foram conduzidas à força, algemadas, até o módulo policial da Praça Osvaldo Cruz (em frente ao Shopping Curitiba), onde havia mais três policiais.

Os suspeitos foram agredidos física e verbalmente para que indicassem a pensão onde o homem, supostamente traficante, estaria morando, bem como para que confessassem atuar “no comércio ilícito de drogas”.

Segundo relata o MP-PR, “durante as sessões de tortura alguns dos denunciados seguravam as vítimas, outros as agrediam ou sufocavam, e outros, ainda, apenas presenciavam, cada um aderindo à vontade e à ação dos demais”. Depois de quase quatro horas as mulheres foram liberadas, sem qualquer formalização da ocorrência.

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Alguns PMs foram até a pensão indicada pelas vítimas e apreenderam alguns objetos. Horas depois, já pela manhã, o homem foi encaminhado à delegacia para lavratura de prisão em flagrante. Um dos policiais não teria participado das agressões, mas foi denunciado por presenciar o crime sem tomar qualquer atitude para impedir a tortura e depois buscar a responsabilização dos demais denunciados.

Com informações do Ministério Público do Paraná.

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