Violência

Oito pessoas mortas nas primeiras horas de feriado

A primeira madrugada de Carnaval foi sangrenta em Curitiba e região, com oito homicídios em poucas horas. Num deles, no Boqueirão, um casal foi executado em suposta queima de arquivo, pois o rapaz era considerado testemunha-chave dos assassinatos atribuídos ao coronel Jorge Luiz Thais Martins, do Corpo de Bombeiros.

Marcos Roberto de Souza Colaço, 32 anos, e uma jovem identificada apenas como Vanessa, foram obrigados a deitar no chão, no começo de um beco da Rua Paulo Setúbal, próximo à esquina com a Rua Hipólito da Costa.

Friamente, o assassino deu dois tiros à curta distância na cabeça de cada um. Moradores ouviram os disparos por volta das 6h30. Quando foram à rua, o assassino já havia deixado o local.

Calibre

De acordo com o perito Elmir, do Instituto de Criminalística, havia quatro cápsulas de pistola calibre 380 ao redor das cabeças das vítimas, o mesmo calibre de armas de alguns dos crimes atribuídos ao coronel.

Marcos, pelo que contou seu pai ao sargento Pinheiro, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, era usuário de drogas há anos e a família já tentou interná-lo. Aquela região, dizem policiais militares, é tomada pelo tráfico de drogas, principalmente crack.

Dos assassinatos ocorridos na região, pelo menos nove, além de quatro tentativas de homicídios, ocorridas entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, são atribuídas ao coronel Martins, que nega todos os crimes.

De acordo com investigações, o coronel perdeu seu filho Jorge Guilherme, 27 anos, em 2010, baleado quando deixava a noiva em casa, no Boqueirão. Depois disto, acredita-se que o coronel quis vingança, matando usuários de drogas do bairro.

Marcos seria uma das testemunhas e estaria com depoimento marcado para os próximos dias. O corpo de Vanessa permanece sem identificação, no Instituto Médico-Legal.

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