Oito mulheres são assassinadas em 10 dias na Grande Curitiba

A mulher está se destacando na luta pela igualdade, mas isso também vem acontecendo no mundo do crime, onde, a cada dia, mulheres são presas nas mais diversas situações. Aumentou também o número vítimas femininas de homicídio em Curitiba e região metropolitana. Somente nos últimos 10 dias, foram quatro crimes em Curitiba e outros quatro em Colombo, Quatro Barras, Piraquara e Pinhais. Estes números são apenas das vítimas que morreram no local do crime, mas ainda existem outras que foram baleadas, esfaqueadas, agredidas pelos seus companheiros e sobreviveram.

Tráfico

Segundo Omar Peplow, superintendente do 9.º Distrito Policial, o único que recebe presas, na quarta-feira, havia 46 detidas, 80% por causa do envolvimento com o tráfico. ?A maioria se envolve com o crime por motivos sentimentais, ou seja, para livrar o marido ou o namorado da cadeia, ou então, para levantar um dinheiro e manter a casa e os filhos?, explicou. Segundo ele, obviamente existem casos em que mulheres se envolvem com roubo ou com o tráfico para sustentar o vício, mas isso é minoria. ?Tem aquelas que realmente sabem o que estão fazendo, mas a grande parte cai no crime assumindo a bronca dos outros?, completou.

Mortes

Das oito mulheres assassinadas nos últimos dias, possivelmente três foram mortas por ciúmes e os outros casos estão em fase de investigação.

Rosana Gonçalves Queiróz, 20 anos, foi morta no dia 16, em Campo Largo, com golpes de faca, dados pelo marido. Janaína das Graças Ribeiro, 18, foi morta a pedradas por Rosane Oliveira, 27, que confessou que cometeu o crime porque suspeitou que o marido tinha um caso com a vítima.

Para a morte de Marta Munhoz da Silva, 33, em Quatro Barras, no dia 17, as primeiras informações eram de que ela teria sido morta em um ritual de magia negra, porém, a polícia investiga outras hipóteses para o crime, mas também não descarta a possibilidade de ter sido um crime passional. Em Pinhais e Piraquara, duas mulheres que foram encontradas mortas a tiros, continuam sem identificação no IML, portanto, sem investigação. Os outros casos estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios.

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