Uma mulher infiel que encomendou a morte do marido foi presa ao lado do irmão dela e de outro rapaz, contratados para praticar o crime. M.S.O., 31, J.S.O., 29, e André Luiz Antônio, 24, foram presos na Cidade Industrial, na manhã de terça-feira, pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce).
Em 29 de abril de 2007, Ademir Aparecido Gouveia, 34 anos, levou três tiros, mas sobreviveu. A irmã dele foi assassinada com um corte profundo na garganta. Para a polícia, M.S.O. mandou matar o marido porque ele havia descoberto suas traições. No dia crime, porém, eles não contavam que Angelina estivesse na residência e tentasse defender o irmão.
Os três suspeitos foram indiciados e tiveram sua prisão preventiva decretada pela 1.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. Dois acusados foram encontrados em casa e o terceiro na empresa onde trabalha. Todos negam participação no crime.
Passional
A hipótese de crime passional havia sido levantada na época, quando Ademir relatou que enfrentava problemas no casamento e desconfiava de traição. As suspeitas aumentaram quando a polícia descobriu que M.S.O. demorou para chamar socorro. Em seu interrogatório, ela disse ter ficado desorientada com a morte e chamou o irmão antes do Siate.
Ao lado do corpo de Angelina, foi encontrado um bilhete com anotações pessoais de J.S.O. Testemunhas afirmaram ter visto J.S.O. deixando a casa correndo após os disparos. Ele, porém, negou o crime e disse estar no Alto Boqueirão, na hora dos tiros. “Duas testemunhas o viram chegando minutos antes dos disparos em uma Kombi juntamente com André””, afirmou o delegado Antônio Procopiak Neto.
Passagens
André, apontado como o autor dos disparos, tem condenações por porte ilegal, disparo de arma de fogo e roubo. J.S.O. já respondeu por porte ilegal e foi condenado por roubo. O delegado-titular do Nurce, Roberto Heusi, explicou que o inquérito foi instaurado na Delegacia de Homicídios e, em abril do ano passado, foi encaminhado para o Nurce, a fim de desafogar os trabalhos na DH.
Atualização
Ante à informação de que os citados na notícia foram posteriormente absolvidos por decisão da 1ª Vara Plenário do Tribunal do Júri de Curitiba, seus nomes foram suprimidos.