O número de pessoas que perderam a vida vítimas de afogamento em Curitiba e Região Metropolitana está maior do que no litoral. Do início da Operação Verão, em 20 de dezembro, até 14 de janeiro, 10 pessoas se afogaram nas praias contra 11 nas cavas e rios da região da capital. O número de mortes no litoral já está bem próximo ao registrado em toda a temporada 2005/2006, quando 13 pessoas morreram.
Segundo o relações-públicas do Corpo de Bombeiros (CB), Leonardo Mendes dos Santos, a maioria das mortes está relacionada à imprudência dos banhistas. Geralmente, as vítimas são pessoas do sexo masculino com idade entre 12 e 35 anos. ?É a faixa etária que tende a se expor mais ao risco?, comenta.
Só no último fim de semana três pessoas morreram afogadas na Grande Curitiba. Uma delas estava nadando numa das cavas em São José dos Pinhais, outro em Cerro Azul, no Rio Ribeira, e o terceiro se afogou ao tentar atravessar uma região de banhado, em Fazenda Rio Grande. Na última temporada, 21 pessoas morreram na região da capital e 13 no litoral.
Segundo o tenente Santos, a maioria das mortes ocorre em locais onde não há salva-vidas por perto. Das 10 mortes registradas no litoral nesta temporada, cinco foram em locais onde o Corpo de Bombeiros não atua porque não são lugares que os banhistas costumam freqüentar ou devido à falta do uso de equipamentos de segurança. No litoral, uma pessoa se afogou no domingo quando descia de bóia o Rio Nhundiaquara. Ele não usava o salva-vidas e capacete exigidos pela Marinha. Na região de Curitiba, os acidentes geralmente ocorrem em lugares impróprios para banho e, por isto mesmo, não há salva-vidas.