É pouco

Nuciber tem estrutura insuficiente, diz delegado

O Nuciber tem apenas um delegado para cerca de 10 mil procedimentos tramitando, mas no máximo 30% são de inquéritos instaurados pelo próprio núcleo. O restante vem de outras delegacias que necessitam do apoio tecnológico. O setor especializado em investigar pela internet reúne os mais variados tipos de crime, como tráfico de drogas, homicídios, crimes contra o patrimônio (furto, roubo, invasão, depredação etc), estelionato, desvio de dinheiro de conta corrente e terrorismo.

“Por aqui passam quaisquer crimes relacionados à internet: cometidos através dela, planejados pela rede, ou que os marginais usaram a internet para comemorar os feitos criminosos. Enfim, tudo que passe pela rede mundial de computadores e que necessite de investigação, acaba caindo aqui”, disse o delegado.

A vontade de Demétrius, à frente do Núcleo desde o início, em 2005, é que o setor vire subdivisão de polícia, para que ele possa espalhar subsedes pelo Estado e ter mais condições de ajudar nas investigações de outras delegacias.

O delegado também percebeu aumento de 40% na quantidade de inquéritos instaurados pelo Nuciber, em 2014. Ele não sabe especificar exatamente o motivo pelo qual isto aconteceu, mas supõe que seja pela quantidade crescente de aparelhos com acesso à internet nas mãos dos jovens, sem o controle dos adultos.

“Os pais despejam smartphones e tablets nas mãos dos adolescentes sem qualquer cautela. Não sabem o que os filhos estão acessando ou com quem estão falando”, alertou o delegado, explicando que esta falta de cautela, muitas vezes, acaba resultando em boletins de ocorrência no Nuciber. 

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