Acidente

Novos promotores acompanham caso Carli Filho

Os promotores de justiça da Vara de Inquéritos Policiais, Marcelo Bauzer Correia, e da 2.ª Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba, Danuza Nadal, já estão acompanhando a investigação do acidente em que o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho se envolveu no dia 7 de maio, em Curitiba.

Antes de o político renunciar ao cargo, o promotor que estava à frente do inquérito era Rodrigo Chemim, que atua na Procuradoria Geral de Justiça, já que Carli Filho tinha foro privilegiado. Depois da renúncia, Chemim encaminhou parte do inquérito ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), para que este designasse novos promotores do juízo de 1.º grau.

Dessa forma, além da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), que preside o inquérito policial, agora o juízo de 1.º grau também participa do acompanhamento de tal procedimento. Os dois promotores preferem não dar entrevista ainda e, segundo o Ministério Público (MP), não há previsão de quando isso vai acontecer.

Ontem, o advogado da família de uma das vítimas fatais do acidente, Elias Mattar Assad, entregou na Dedetran e no MP o resultado da perícia paralela encomendada por ele.

A perícia apontou indícios de que imagens da câmera de vídeo do posto de gasolina localizado no local do acidente foram apagadas, além da velocidade em que o veículo de Carli Filho estava: 191,52 quilômetros por hora. Peritos que participaram dessa perícia paralela também vão acompanhar a perícia que está sendo feita pelo Instituto de Criminalística.

“Com a reforma processual do ano passado, podemos apresentar um profissional para acompanhar a perícia da polícia. Esse profissional é altamente qualificado, engenheiro civil especializado em criminologia”, informou Assad.

Assad disse ainda que pretende entregar o inquérito quando ele for finalizado aos presidentes da Assembleia Legislativa do Paraná e da Câmara Municipal de Curitiba.

“Vou sugerir uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para apurar vários pontos ainda não esclarecidos, como as ligações que foram feitas na noite do acidente e também, se for o caso, apurar o que ocorreu com os radares”, comentou.

Entre esses vários pontos da investigação que estão nebulosos está a questão dos radares que não filmaram o Passat alemão do ex-deputado na madrugada do acidente. Da mesma forma como agiu na perícia paralela, Assad está fazendo um estudo paralelo dos radares para tentar decifrar essa incógnita.

Além de Gilmar Rafael Yared, cuja família é representada por Assad, também morreu no acidente o amigo dele, Carlos Murilo de Almeida. Carli Filho foi ouvido pela polícia paranaense em São Paulo, na semana passada. Em depoimento, o ex-deputado declarou não lembrar do acidente, nem do restaurante onde jantou antes dos fatos.

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