Na tarde de ontem teve continuidade – no Fórum de Rio Negro – o interrogatório dos acusados de participar da quadrilha de desvio e roubo de cargas existente em Campo do Tenente. O juiz responsável pelo caso, Hélio César Engelhardt, ouviu o motorista Edson Rosa da Silva, que confirmou trabalhar para Mário Fogaça, apontado como líder do grupo. Edson disse que era motorista e que realizava o transporte de mercadorias mas, conforme ele mesmo frisou, “tudo regularizado”. Sobre seu envolvimento com a quadrilha, ele negou qualquer participação.
De acordo com informações fornecidas pelo Fórum, na próxima semana serão intimadas algumas pessoas que tiveram seus nomes citados na denúncia do Ministério Público. Oito deles deverão ser interrogados no próximo dia 21. Inclusive o próprio Mário Fogaça está intimado, porém, como ele está foragido, só será ouvido se sua prisão acontecer até esta data. Os outros são: Celso Biazzoto Vieira, Fernandes da Cruz, Luiz Cezar Peregrini de Carvalho, Solange Esmeralda Bressan Martins, Wilson Antônio Martins, Marilei Willenburg e Rui Gil Mendes.
Interrogatório
Segundo informações da promotora Maria Ângela Kiszca, repassadas através da assessoria de imprensa, não aconteceram surpresas nesses dois dias de interrogatório, nos quais dez pessoas foram ouvidas. Venícius Louis Quinino confirmou o depoimento dado ao Ministério Público sobre o assassinato do vereador de Campo do Tenente, Divonzir Rodrigues, acusando Carlos Hubner Netto, o “Nenê”, de ser o mandante do crime. Os integrantes da família Hubner (Carlos, Cleverson e Cláucia) afirmaram desconhecer a natureza dos negócios ilícitos realizados por Mário Fogaça e também negaram participação no assassinato. Apenas Cleverson afirmou que comercializou mercadorias que teriam sido recebidas de Fogaça, mas que acreditava serem legais.