Fonseca (à esquerda)
transmitiu o cargo a Mariot.

Depois de dois anos à frente do Batalhão de Polícia de Trânsito, o tenente-coronel Ivan Fonseca passou o cargo ontem pela manhã para o tenente-coronel Altair Mariot, de 45 anos, durante solenidade no pátio do BPTran. Mariot é oficial da Polícia Militar desde 1976 e chefiava o Centro de Recrutamento e Seleção.

Aos 50 anos de idade, Fonseca já esteve à frente do BPTran duas vezes – entre 1999 e 2000, e de 2001 até este ano – e completou 35 anos de carreira militar. Ingressando na reserva da PM, ele disse que pretende, agora, trabalhar na iniciativa privada. Continuará participando do Conselho Estadual de Trânsito.

Ivan Fonseca afirmou que sai do comando do BPTran com a sensação de dever cumprido, deixando o órgão mais preparado para prestar serviços de qualidade aos cidadãos curitibanos. “Na minha primeira gestão, implementei projetos de médio e longo prazo, que pude complementar nestes últimos dois anos”, comentou.

Entre os projetos estão a captação de imagens digitais de acidentes de trânsito e a utilização de geoprocessamento para bando de dados do BPTran.

Agilidade

Segundo Fonseca, uma parceria com a iniciativa privada permitiu a compra de equipamentos (computadores, câmeras e filmadoras digitais), que estão agilizando os processos judiciais e ações de companhias seguradoras decorrentes de acidentes de trânsito. Os equipamentos também agilizaram o atendimento nos acidentes. “Antes levava-se até uma hora e meia fazendo o boletim da ocorrência, agora o mesmo trabalho é feito em meia hora, no máximo 45 minutos”, explicou.

Um banco de dados informatizado, com arquivo das esquinas onde mais acontecem acidentes, também diminuiu o tempo de atendimento dos policiais nos locais. “Com a utilização do geoprocessamento, temos pronto no computador um banco de dados completo, com o croqui das esquinas mais perigosas. Em 70% dos casos o policial já chega ao local do acidente com o croqui pronto”, comentou.

Além dos investimentos em equipamentos, Fonseca direcionou esforços também no sentido de melhorar a capacitação dos policiais. “Não adianta uma boa estrutura se o nosso principal material, que é o ser humano, não estiver bem preparado”, analisou. Hoje, o BPTran conta com uma academia bem equipada, onde os 500 policiais do órgão praticam exercícios, “para melhorar a resistência física e combater o estresse do trabalho no trânsito”.

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