Novas vítimas de quadrilha prestam depoimento

Empresários de Teresina (PI), Florianópolis (SC) e São Paulo ligaram para a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) alegando ter sido vítimas da quadrilha de estelionatários presa na semana passada por policiais do Paraná. De acordo com a delegacia, os golpes aplicados a estas novas vítimas devem somar mais de R$ 7,5 milhões. O grupo tinha ramificações na Europa e outros países da América Latina.

?O aparecimento de novas vítimas é muito importante para dar força às investigações e à conclusão do inquérito. A partir delas também podemos identificar, mais integrantes da quadrilha?, disse o delegado Vinicius Augustus de Carvalho, da Delegacia de Estelionato.

De acordo com ele, mais um nome surgiu após a divulgação do caso na imprensa. ?Descobrimos que Juan Carlos Arguello se faz passar por um espanhol e atende as vítimas brasileiras na Espanha, mas na verdade ele é paraguaio. Agora, estamos a sua procura?, contou o delegado. A polícia também descobriu que Neder Ataia, preso em 24 de junho, pela polícia de São Paulo, por tráfico de drogas e que também está envolvido com a quadrilha, está usando nome falso. Ele é natural do Líbano e entrou ilegalmente no Brasil.

?O esquema é muito grande e deve ter envolvido inúmeros empresários brasileiros, que ainda não apareceram para prestar queixa. Cada vítima que aparece traz novidades, que ajudam a elucidar o caso?, complementou o delegado.

Duas vítimas paulistas, uma de Campinas e outra de Ribeirão do Sul, já prestaram queixa na delegacia, em Curitiba. Cada uma delas teve prejuízo de R$ 800 mil. Mais uma vítima da capital de São Paulo informou que teve um prejuízo de R$ 2,5 milhões. ?Ela deve vir nos próximos dias para Curitiba prestar queixa. Uma fundação de Terezina (PI) também ligou, alegando que estaria há dois anos em negociação com a quadrilha e que já teria contabilizado prejuízo de R$ 2 milhões?, acrescentou Carvalho.

Em Florianópolis, um advogado que diz representar várias vítimas também informou que, os golpes passam de R$ 1,5 milhão contra os empresários locais. ?Depois de ouvir as vítimas e levantarmos informações sobre os presos, vamos fazer um pedido à Justiça, para bloquear todos os bens dos envolvidos na quadrilha, assim como a quebra de sigilo bancário?, concluiu Carvalho.

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