A Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, recebe nesta quarta-feira (18) uma nova equipe formada por dois delegados, oito investigadores e um escrivão para assumirem o atendimento à população. Todos eles são policiais formados na mais recente turma da Escola de Polícia e assumem a delegacia junto aos demais policiais que já trabalham no local e não estavam envolvidos no esquema de corrupção desmantelado ontem (17).
“Cumprimos o nosso dever eliminando elementos que estavam praticando a corrupção policial. Uma nova equipe assume e temos a certeza de que eles estão bem treinados e prontos para o trabalho”, afirma o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Desde que parte da equipe da Delegacia foi presa na terça-feira (17), por participar de um esquema de corrupção, trabalhavam no local uma equipe provisória formada por dois investigadores e um escrivão, durante o plantão da noite, e um superintendente, três investigadores, quatro estagiários e um escrivão desde as 8h30 da manhã desta quarta-feira.
Segundo o delegado da Divisão Metropolitana, Jorge Ferreira, apenas na hora em que a operação estava sendo executada na própria Delegacia do Alto Maracanã é que o atendimento à população foi transferido para a outra unidade policial de Colombo. “Pedimos que a população se dirigisse para a delegacia sede de Colombo apenas neste período. Depois disso, uma equipe ficou de plantão o tempo inteiro. Não deixamos a delegacia sem atendimento”, explicou.
Policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, prenderam na manhã desta terça-feira (17) 16 pessoas acusadas de envolvimento em crimes de concussão, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Entre os presos estão dez policiais civis, inclusive a delegada-titular da Delegacia do Alto Maracanã, Márcia Rejane Vieira Marcondes, e o superintendente da Delegacia, José Antônio Braga, além de dois advogados e de um funcionário da Prefeitura de Colombo. De acordo com a investigação do Ministério Público, a quadrilha estaria extorquindo dinheiro de pessoas que eram detidas pelos policiais da unidade, na maioria das vezes traficantes.
