Nenhum radar registrou passagem do carro de Carli Filho

A investigação sobre o acidente em que se envolveu o deputado Carli Filho (PSB) continua. Ontem, o promotor do Ministério Público Estadual (MP) designado para acompanhar o inquérito, Rodrigo Chemim, informou que nenhum radar das ruas Professor Pedro Viriato Parigot de Souza e da Ivo Zanlorenzi – por onde o deputado teria passado na noite do acidente – flagraram a placa do Passat alemão do parlamentar. Uma incógnita que ainda tem que ser investigada pelo MP e pela Polícia Civil.

“O radar registra todo o veículo que passa. Temos a relação de todos. Mas o carro do deputado não foi registrado”, afirmou Chemim. Agora o MP, juntamente com a Polícia Civil, vai tentar descobrir porque isso aconteceu. Ontem, o promotor ouviu pelo menos mais três testemunhas. Uma delas voltou a afirmar que o carro do deputado estava em alta velocidade; a outra foi um perito que deu algumas informações técnicas sobre a dinâmica do acidente; e a terceira foi a médica que atendeu o deputado no Hospital Evangélico. “Estamos colhendo o máximo de informações possíveis”, afirmou o promotor.

Segundo Chemim, as informações do perito podem ajudar a compreender como o acidente aconteceu. “Mas não posso dar mais detalhes, pois preciso analisar o laudo do Instituto de Criminalística”, disse. Esse laudo deve ficar pronto em no máximo 30 dias, contando da data do acidente (que ocorreu em 7 de maio). Até agora não há qualquer prova de que o velocímetro do Passat pudesse estar em 190 km/h. Já as informações da médica só acrescentaram dados sobre como o deputado chegou ao hospital. “Ela disse que ele estava no chamado estado comatoso”, informou o promotor. Chemim disse que deve continuar buscando testemunhas, pois todas as informações são valiosas ao inquérito. Uma reconstituição do acidente será realizada nos próximos dias.

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