O secretário Smijtink não revelou o impacto que a correção causaria aos cofres públicos. “Por enquanto, não dá para simular qual seria o impacto”, disse apenas, acrescentando que os aposentados seriam mais beneficiados e os da ativa, menos.
Para o presidente da Associação de Criminalística do Paraná, José Ricardo Fiedler, “a categoria não conseguiu o que queria”, mas ele reconheceu que a concessão foi um grande avanço. Uma das principais reivindicações – a isonomia de aposentados com os servidores da ativa – foi atendida. Com relação ao pleito de diferença salarial de 5% entre as classes, o governo teria apresentado a proposta de 9% e, numa segunda etapa, de 7,5%. Em assembléia, que se encerrou depois das 21h de quinta-feira, a categoria decidiu pelo índice de 7,5%. Já o Plano de Cargos e Salários, segundo Fiedler, deve ser discutido com o próximo governo de Estado. O IC e o IML somam juntos 259 funcionários da ativa – entre perito criminal, médico legista, químico legal e toxicologistas – e cerca de 90 inativos.
Baixo movimento
Tanto no Instituto de Criminalística como no Instituto Médico Legal de Curitiba, o movimento era baixo ontem. Até o final da tarde, apenas sete processos deram entrada no IC. Já no IML, desde o fim da greve, foram necropsiados seis corpos. De acordo com o diretor-geral do IML, Wagner Luiz do Nascimento, muitas pessoas ainda não sabiam que a greve tinha encerrado. “A informação talvez não tenha chegado às delegacias”, comentou, referindo-se à pouca procura por exames como lesões corporais, toxicologia, entre outros. A estimativa é que na próxima segunda-feira, o volume de exames aumente.