A Justiça negou ontem o pedido de ©habeas corpusª para dois militares acusados de participar da quadrilha organizada que vem atuando em Almirante Tamandaré. O pedido foi negado pela 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça por unanimidade de votos.

José Aparecido de Souza e Jeferson Martins estão presos no COT (Centro de Observação e Triagem), anexo ao presídio do Ahu. Eles são acusados de se aproveitar da função de policiais militares para prejudicar as investigações sobre a série de assassinatos ocorridos desde 1999 em Tamandaré.

Coação

Citados no inquérito policial conduzido pela delegada Vanessa Alice por integrarem a quadrilha que praticava homicídios, extorsões e tráfico de drogas na região de Tamandaré, Rio Branco do Sul e Itaperuçu, os dois PMs teriam coagido testemunhas e “conduzido” investigações de diversos crimes praticados pela quadrilha, de forma a encobrir pistas e envolvidos nos delitos.

Esta semana, o Ministério Público enviou para o Fórum de Almirante Tamandaré a denúncia que acusa dezesseis pessoas de envolvimento na quadrilha de extermínio, liderada por policiais militares e civis. A denúncia foi fundamentada em quatro inquéritos concluídos, onde 48 testemunhas foram ouvidas. Todos os acusados estão presos. Anteontem, a juíza de Tamandaré, Luciane Ludovico, acatou a denúncia do MP e manteve os dezesseis pedidos de prisão preventiva.

Interrogatórios

Na próxima semana, começam os interrogatórios dos acusados no Fórum Criminal de Tamandaré. Está marcado para os dias 20 e 21 o interrogatório do soldado Juarez Silvestre Vieira, que também está preso.

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