Mutirão carcerário liberou 141 presos dos 412 que cumpriam medida de segurança no Complexo Médico Penal (CMP), unidade de regime fechado da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, em Quatro Barras, de quinta a segunda-feira. Entre os liberados estão sete pessoas com deficiência – tetraplégicos, paraplégicos e deficientes visuais – e que tiveram a pena perdoada. Para seis deles, o Provopar doou cadeiras de rodas, porque eles não tinham condições de adquirir o meio de locomoção fora da unidade.
Os internos e seus processos foram analisados por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Os juízes Eduardo Lino Bueno Fagundes Junior e Moacir Antônio Dala Costa, de Varas de Execução Penal (VEPs) de Curitiba, coordenaram os trabalhos, iniciados em janeiro. Boa parte dos casa se trata de pessoas que praticaram pequenos delitos, apresentam distúrbio mental, mas que não representam risco para a sociedade.
Família
Dos liberados, 102 voltaram ao convívio familiar e 39 serão transferidos para comunidades terapêuticas, por não terem família ou foram abandonados por elas. “Seria irresponsabilidade nossa abandoná-los, pois necessitam permanentemente de acompanhamento médico, psicológico e assistencial”, disse a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes.
O CMP tem capacidade para 659 vagas. Parte cumprem medida de segurança e outra pena no sistema penitenciário, mas necessita de tratamento médico temporário.
