O latrocínio (roubo com morte) da educadora Renata Melo do Amaral, 36 anos, na semana passada, no Santa Cândida, aumentou a estatística de vítimas fatais por reagir a assaltos e sequestros relâmpago. A polícia orienta a não reagir em hipótese alguma e derruba alguns mitos da ação dos assaltantes.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberson Luiz Bondaruk, afirma que a preferência dos criminosos por mulheres não é real. “Os assaltantes até preferem os homens, pois eles têm reações mais previsíveis e sabem lidar facilmente com isso. As mulheres apresentam reações imprevisíveis e que podem causar certa dificuldade para eles”, explica.
Desatenção
Bondaruk diz ainda que os assaltantes costumam procurar pessoas desatentas e que ostentem posses. Nesse caso, aconselha a população a carregar o mínimo de cartões possíveis. “Quem não tem bom rendimento não terá vários cartões de créditos. É importante que as pessoas andem apenas com o que realmente vão usar no dia”.
Segundo ele, se por um lado, os cartões permitem não andar com muito dinheiro na carteira, por outro, o excesso de cartões são atrativo para as assaltantes. “Melhor é realizar o maior número de operações pela internet e evitar ir às agências bancárias”.
Bondaruk comenta que em 82% dos casos de sequestro relâmpago as vítimas saem ilesas e “99% dos casos de latrocínio acontecem porque houve algum tipo de reação das vítimas. “É essencial que não haja qualquer resistência durante a ação dos criminosos”, aponta.
Atenção
Responsável pela Delegacia de Homicídios, o delegado Rubens Recalcatti, escreveu um livro sobre a ação de sequestradores. Ele diz que a chance da vítima que reage se dar bem nesses casos é mínima. “É essencial que as pessoas se previnam e fiquem atentas em agências bancárias ou qualquer lugar em que estejam manuseando dinheiro. A ideia é sempre frequentar locais movimentados e prestar atenção na saída desses locais”, aconselha Recalcatti. A polícia recomenda que as pessoas procurem estacionar seus veículos em andares mais lotados para evitar que a ação dos bandidos seja facilitada.