A polícia tem fortes indícios que as duas mulheres – mãe e filha – achadas mortas em uma residência, na Rua Reinaldo Pazello, Santa Quitéria, foram assassinadas. A suspeita é que os autores eram conhecidos das vítimas.
Os corpos foram encontrados na manhã de sexta-feira. Apolônia Sluta Gembaroski, 89 anos, estava deitada na cama e a filha dela, Hélia Gembaroski, 59, pendurada numa porta de ferro, enforcada com uma corda.
De acordo com a delegada Aline Manzatto, da Delegacia de Homicídios, a necropsia no corpo de Hélia indicou que a mulher não cometeu suicídio. “O médico-legista confirmou que, pelas marcas no cadáver, é possível afirmar que o corpo ficou deitado por sete a nove horas. Portanto, foi morta e depois pendurada para simular o suicídio”, explicou a delegada.
A necropsia revelou também que Hélia não morreu enforcada – apenas com o peso do corpo – mas estrangulada por alguém. Com relação à Apolônia, o médico ainda não conseguiu definir o que provocou sua morte.
“Ele não encontrou nenhuma causa natural e também estranhamos o sangue no travesseiro da mulher”, declarou Aline. Como não havia marcas de arrombamento na casa, a suspeita é que os assassinos sejam pessoas conhecidas das mulheres.
Semelhança
Caso se confirme que elas foram vítimas de um duplo homicídio, o crime é semelhante ao ocorrido em 1998, em São José dos Pinhais, quando Elizabeth das Graças Vilibruno, 41, e a mãe dela, Genoeva Précoma, 80, foram encontradas mortas nas mesmas condições, em uma casa.
Acreditou-se que a mãe tinha morrido de causa natural e a filha, cometido suicídio, e as duas foram sepultadas. Porém, dias mais tarde a filha de Elizabeth, Ágata Précoma, 19, e a namorada dela Vanessa Naves Quinteiro Lopes, 18, confessaram o crime.