A auxiliar de enfermagem Tatiane Damiane, 41 anos, que matou a própria filha, de oito meses, será encaminhada para realizar exame de sanidade mental. O bebê foi atirado da janela do 6.º andar de um edifício no centro de Curitiba, na noite de segunda-feira (30). O caso está aos cuidados da delegada Eunice Vieira Bonome, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), para onde Tatiane foi encaminhada por policiais militares, logo depois do crime.
Segundo a delegada, o crime aconteceu por volta das 21h30. ?Quando os policiais militares chegaram ao local, foi constatado que a criança estava morta, em cima da laje da garagem do prédio. Os populares se revoltaram e queriam linchar Tatiane, mas os policiais fizeram um cerco pela garagem para que a acusada saísse do prédio?, contou.
De acordo com a polícia, Tatiane planejava se jogar do prédio depois de ter atirado a criança. ?No seu depoimento, ela comentou que estava cansada de cuidar da filha e que não apresentava nenhum tipo de sentimento por ela. A mulher não se jogou por interferência dos vizinhos, que bateram na porta do apartamento e pediram para ela descer da janela?, disse a delegada.
Segundo Eunice, Tatiane falou que tomava dois remédios, sendo que um deles, foi receitado por um psiquiatra. ?Vamos investigar até que ponto a história da acusada é verdadeira?, disse.
Tatiane foi autuada em flagrante por homicídio doloso (com intenção de matar) e encaminhada para o Centro de Triagem I. ?Ela está em uma cela separada por ser uma presa de alto risco. Vamos apurar a veracidade das informações dadas pela acusada e esperar o resultado do exame de sanidade mental, que deverá ser realizado em breve?, completou a delegada.
