Corpo da desconhecida foi |
Mestre-de-obras, pintor, pedreiros e outros operários começaram ontem a reformar uma espaçosa casa na esquina das ruas Belém (rápida Santa Cândida, sentido centro) e Campinas, no Cabral. O trabalho, porém, sofreu algumas horas de atraso ontem de manhã, porque uma mulher foi encontrada morta dentro da moradia, abandonada há alguns meses. A vítima, que possivelmente usava o local como abrigo, era desconhecida e foi assassinada por asfixia.
Enquanto os trabalhadores chegavam para o serviço, às 10h, viram uma mulher deixando a moradia sorrateiramente. Só mais tarde encontraram o cadáver, estendido junto à parede de um dos cômodos.
A mulher morta tinha aproximadamente 40 anos, vestia uma velha blusa roxa, calça de moletom, estava descalça e não portava documentos. Em seu pescoço havia hematomas, causados pelo assassinato. "Não dá para dizer se foram provocados pelas mãos ou algum objeto, como um fio. Mas é quase certo que foi morta por asfixia", falou o perito Emir Gebran, da Polícia Científica. A estimativa é que o crime tenha ocorrido na madrugada de ontem.
Para o investigador Lopes, da Delegacia de Homicídios, o autor tentou alterar o cenário do crime para simular um caso de morte por causa clínica. "O par de chinelos de dedos foi colocado simetricamente ao lado do corpo. Isso não é natural", disse o policial. "Há sinais de arrastamento do cadáver", acrescentou o soldado Fabiano, do Regimento de Polícia Montada.
A mulher vista saindo da casa foi descrita como morena-escura, com bolsa preta à tiracolo, aparência de andarilha e aproximadamente 35 anos. Por enquanto, é a principal suspeita do crime.