Um descuido transformou em tragédia a tarde de compras da jovem identificada como Adriana Almeida Pernambuco, 26 anos, no bairro Água Verde. Ela não olhou para os dois lados da canaleta dos ônibus que circulam pela Avenida República Argentina e morreu atropelada por dois coletivos biarticulados que fazem a linha Santa Cândida – Capão Raso.
A vítima havia estacionado o Renault Sandero AAP-0166 na avenida, próximo à esquina com a Rua Mato Grosso. Fez compras em uma loja de roupas do outro lado da rua e atravessou novamente para entrar no Shopping Água Verde.
Depois de novas compras, por volta das 19h, tentou passar pela terceira vez pela canaleta, quando então aconteceu o acidente. “Ela olhou para o lado esquerdo, viu um ônibus e achou que dava tempo de atravessar. Correu sem olhar para o lado direito”, contou a perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, baseando-se no relato de testemunhas.
A vítima foi atingida pelo biarticulado BD-124, que seguia sentido bairro. Arremessada para o centro da rua, foi atropelada pelo outro coletivo, BD-146, que ia sentido centro. Os dois veículos são da empresa Pontual e estavam com muitos passageiros.
Tragédia
“O primeiro ônibus jogou-a no meio da via, e o segundo passou por cima do corpo com os oito rodados do lado direito”, revelou a perita. Pelo chão, ficaram espalhadas as sacolas de compras em meio ao corpo mutilado. Apenas as pernas da jovem permaneceram intactas.
Dentro do veículo da vítima a equipe do Batalhão de Polícia de Trânsito encontrou uma bolsa com documentos no nome de Adriana, porém a identificação oficial só acontecerá após exames no Instituto Médico-Legal.
Caos
Praticamente no mesmo horário, outro acidente culminou na morte de duas pessoas. As vítimas estavam dentro de um veículo Gol atingido frontalmente por uma van, na PR-419, a dez quilômetros do trevo de acesso à BR-116, em Mandirituba.
O corpo da jovem atropelada só foi recolhido pelo IML após as 22h, quando a viatura iniciaria o trajeto até Mandirituba para buscar as outras duas vítimas. Outros corpos de vítimas da violência também só foram recolhidos muitas horas após os crimes.
Funcionários informaram que a única viatura que atende a capital apresentou problemas mecânicos, e que outra precisou vir de Paranaguá para atender a demanda.