Em um prédio abandonado há mais de dez anos, na esquina entre a Avenida Cândido Hartmann e a Rua Desembargador Otávio Amaral, no Bigorrilho, foi encontrado o corpo de uma mulher morta, por volta das 15h desta segunda-feira (14). A vítima, identificada apenas como Rosemeri, de aproximadamente 30 anos, estava submersa no poço formado com a água da chuva, no local onde seria o estacionamento da edificação de três andares. Rosemeri era moradora de rua, assim como os demais ocupantes do edifício abandonado. Este foi o segundo caso de mulher encontrada submersa, na Grande Curitiba. O primeiro foi registrado pela manhã, em Pinhais.
Ocupantes do prédio relataram que, por volta das 3h da madrugada, gritos foram ouvidos, mas em seguida veio o silêncio. Eles encontraram o corpo de tarde e avisaram comerciantes da região, que chamaram a Polícia Militar. Rosemeri trajava camiseta rosa claro e calça jeans, que estava abaixada até o joelho. “Não apresentava nenhum tipo de lesão por agressões, nem arma de fogo. Somente a necropsia vai apontar a real causa da morte”, disse a perita Fabíola Machado do Instituto de Criminalística.
A perita salientou que o corpo ficou na água por pelo menos 24 horas. “Pode ter sido jogada após violência sexual, como pode ter caído sozinha. A calça pode ter deslizado devido ao tempo que o cadáver ficou na água”, explicou Fabíola.
Os Bombeiros levaram cerca de uma hora para retirar o corpo da mulher. Para o tenente Tratch, a dificuldade foi maior, devido as condições do prédio. “É um local insalubre, com mal cheiro e muito lixo. O que reforça a possibilidade de queda, é falta de proteção nas escadas e nos andares superiores”, relatou.
Investigadores da Delegacia de Homicídios foram até o prédio e conversaram com algumas testemunhas, mas nenhuma informação sobre a autoria foi repassada. Moradores e comerciantes da área reclamara das constantes confusões que acontecem no prédio, causadas por usuários de drogas e mendigos. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal para identificação.
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