Pessoas que testemunharam a violência que culminou na morte de uma mulher dentro de um terreno utilizado para consumo de drogas, em Colombo, denunciaram a localização do cadáver e os assassinos para a Polícia Militar.

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A ligação foi feita pelo telefone 190 às 7h30 desta segunda-feira (7). A pessoa, que não quis ser identificada, informou à polícia que um homem conhecido como Lucas matou a mulher e a jogou dentro de um poço, que fica em um terreno na Rua Teixeira de Lara, no Jardim Campo Pequeno, bairro São Gabriel.

Os policiais encontraram o poço às 8h. Eles entraram nas casas do terreno e, em uma delas, apreenderam dois garotos, de 16 e 17 anos, e prenderam Lucas Santana, 18, com 25 buchas de cocaína.

Apesar das acusações, todos negaram qualquer envolvimento com a morte. As outras casas estavam vazias, reviradas e repletas de invólucros de entorpecente, indicando que são locais frequentados por viciados.

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Até a chegada dos bombeiros, os policiais encontraram manchas de sangue na entrada da casa, ao redor e dentro do poço, em uma sandália, em uma enxada e em um cinzeiro que estavam caídos pelo gramado, dando ideia do sofrimento da vítima, que foi agredida até a morte.

Buscas

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Os bombeiros tiveram dificuldades para chegar até o corpo. O poço, com cerca de oito metros de profundidade, tinha pelo menos quatro metros cobertos de água. O restante da área, até a superfície, estava coberto de entulhos.

“O cheiro de álcool era forte e no meio dos entulhos tinha muita fuligem. Parece que tentaram atear fogo no poço, mas não conseguiram”, afirmou o tenente Nikolas, do Corpo de Bombeiros. Uma embalagem vazia de álcool foi apreendida nas proximidades.

Pedaços de madeira, concreto, restos de armários e de sofás foram retirados aos poucos do poço. Depois, os bombeiros utilizaram um balde para esvaziar pelo menos metade da água, até encontrar o corpo que estava com os pés para o alto. No local, não foi possível confirmar se a vítima também foi atingida por facadas ou tiros. O cadáver estaria no poço há pelo menos dois dias.

Durante quase duas horas de trabalho dos bombeiros, até a chegada do Instituto de Criminalística, os três suspeitos permaneceram de pé, virados para a parede da casa, vigiados por policiais militares.

A filha do garoto de 17 anos se soltou dos braços da mãe, de apenas 15, para brincar com o pai, sem entender porque ele estava ali, parado há tanto tempo. O trio foi encaminhado à delegacia do Alto Maracanã.