Flagrada com 26 gramas de crack, Maria Aparecida Andrade, 41 anos, foi presa por policiais da Delegacia Antitóxicos (Datox) durante uma operação na tarde da última quarta-feira, na Barreirinha. O amásio dela, André Antônio de Moraes, 24, também foi detido, apontado como um dos responsáveis pela distribuição de drogas na região. Os dois foram autuados pelo delegado Wallace de Castro por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na casa da detida foram encontradas munições para armas calibres 38 e 357.
De acordo com o delegado, Maria é uma das principais traficantes da Barreirinha e contra ela pesam acusações feitas pela população do bairro, através do Narcodenúncia – fone 181 -, além de uma denúncia passada pela Ouvidoria das Polícias do Estado, o que resultou numa investigação de aproximadamente dez dias feita pela Datox. O casal foi preso em flagrante na Rua Jales Ribeiro de Mello. Acredita-se que uma quadrilha esteja por trás do comércio de crack na Barreirinha, pois a Datox já identificou o nome de outros dois suspeitos. O monitoramento feito pela delegacia detectou no bairro um aumento nas transações envolvendo entorpecentes, o que motivou a operação policial.
Prisão
Conforme a polícia, André foi surpreendido quando tentava comercializar duas pedras de crack para um usuário. Ao observar a aproximação dos policiais, ele jogou o entorpecente fora. Maria, que estava em frente à sua casa, próximo de André, também foi revistada e um pequeno pacote plástico com crack foi encontrado em seu sutiã. Pelos cálculos do delegado, os 26 gramas de crack apreendidos resultariam em 90 pedras e renderiam aproximadamente R$ 1 mil aos traficantes.
A pequena quantidade de droga apreendida em poder de Maria, considerada uma das grandes distribuidoras de entorpecentes no Barreirinha, é atribuída a esperteza dos traficantes. "Atualmente eles não andam com grandes quantidades para comercializar nas ruas. Se forem pegos não têm grande prejuízo", explica Wallace. Maria tem antecedente criminal por tráfico de drogas e homicídio. André afirma ser usuário de crack e não tem passagens pela polícia.
Policial sob suspeita
Em sua defesa, Maria afirmou não ser traficante e apontou nomes de diversas pessoas que teriam envolvimento com a venda de drogas na Barreirinha, inclusive a da "grande traficante" da região, que segundo ela seria uma tal de Vera Lúcia. Além disso, acusou um policial civil, morador naquele bairro, como conivente com tráfico da região. "A minha prisão foi injusta e armada pela Vera. Sou perseguida pela polícia", declarou. Segundo Maria, "na Barreirinha há um acerto entre Vera Lúcia e polícias". Para dar satisfação a sociedade e "livrar a cara" de Vera, sempre um "laranja" é preso durante as operações da polícia. A denúncia da detida foi remetida à Secretária de Segurança Pública, o que fez o secretário Luiz Fernando Delazari determinar à Corregedoria da Polícia Civil que apure a acusação.
Trio se dá mal ao vender entorpecentes pra PMs
Confundir policiais à paisana com usuários de droga foi o erro cometido por três traficantes, ontem de madrugada, que os levou à prisão. Procurados pelos acusados, quando investigavam o tráfico em Colombo, integrantes do Serviço Reservado do Regimento de Polícia Montada (P2-RPMont) prenderam o trio em flagrante ao fechar uma compra fictícia de crack.
Utilizando um carro descaracterizado, os policiais do RPMont reforçavam o patrulhamento da crítica área da divisa entre Colombo e Curitiba. Às 3h, foram abordados por Elisângela Rosa Brito, 27 anos, na Rua Beira-Rio, bairro Atuba, Colombo. "Ela ofereceu crack e os policiais pediram R$ 50,00 da droga", relatou Job de Freitas, superintendente da delegacia do Alto Maracanã, onde estão detidos os suspeitos. Elisângela levou os "clientes" à uma casa nas proximidades e foi presa em flagrante ao entregar a droga.
Além da mulher, foram detidos Vanderlei Oliveira dos Santos, 19 anos, e uma adolescente de 17, também acusados de tráfico de droga. Com os suspeitos, os PMs apreenderam R$ 520,00 em dinheiro trocado – supostamente obtido com a venda do crack -, três telefones celulares e cinco pedras de crack.