Acusada de envolvimento no assassinato de um travesti, em maio de 2009, nas Mercês, Adriana Takarabe Ouchaski, a “Japinha”, 37 anos, foi absolvida pelo Tribunal do Júri. Embora tenha sido inocentada do homicídio, a mulher foi condenada a 4 anos e 6 meses, em regime semiaberto, por associação ao tráfico de drogas.
O assassinato aconteceu na madrugada de 26 de maio, na Rua Mamoré. Adriana estava acompanhada de Hirosshe de Assis Eda, o “Japonês”, e de Paola Aparecida Miguel, em um Uno, roubado dias antes. O travesti Márcio Aires Martins, a “Dara”,estava no carro e foi morto com tiros na cabeça. Hirosshe, apontado como autor dos disparos, foi morto, no mês seguinte, em um apartamento no Centro, num tiroteio em que também morreram o policial civil Valter Pimentel e Elen Cristina Pinto Ribeiro.
Livres
Paola também foi inocentada do homicídio, em setembro do ano passado. As duas alegaram que foram coagidas por Hirosshe a entrar no carro. De acordo com o advogado de defesa de Adriana, Roberto Rolim de Moura Júnior, o homem já tinha intenção de executar o travesti, por causa de uma dívida de drogas, e usou as mulheres para convencer a vítima a entrar no carro.
Hirosshe era suspeito de sete assassinatos, entre eles os de quatro travestis. Todos os crimes estariam ligados ao tráfico de drogas. As investigações apontavam Hirosshe como líder de um grupo de traficantes que pretendia dominar a venda de drogas na região central de Curitiba, principalmente na área onde atuam travestis e prostitutas.