Reprodução/TV Iguaçu

Patrícia com Angelina no colo e projétil ainda no corpo.

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Com 3,470 quilos e 47 centímetros, nasceu ontem, às 15h05, a pequena Angelina. Ela é filha de Patrícia Cabral da Silva, 22 anos, que, em 14 de maio, foi baleada durante um assalto ao posto de combustíveis em que trabalhava. A mãe passou por cesariana, que também serviria para que os médicos avaliassem se a bala, que perfurou o intestino da gestante e se alojou a cinco milímetros do bebê, precisaria ser retirada. A junta médica verificou que o intestino da jovem está bem cicatrizado e que o projétil pode permanecer no corpo. Mãe e filha passam bem e devem ser liberadas nos próximos dias.

O médico Augusto Fernando Berduchi, que diz já ter realizado cerca de 10 mil partos, emocionou-se com o nascimento de Angelina. ?Numa gestante, o útero ocupa quase todo o abdômen.

Levar um tiro na barriga e não ter o útero atingido é uma sorte tremenda?, avalia. Ele ainda explica que a cirurgia foi acompanhada por uma equipe que avaliou a necessidade de retirar o projétil. ?Não há inflamação. Se até o momento a bala não incomodou, não deve trazer nenhuma complicação?, conclui o médico.

Assalto

Durante a madrugada de 14 de maio, três assaltantes invadiram o posto em que Patrícia trabalhava, na esquina da Avenida Sete de Setembro e Rua Desembargador Westphalen, no centro.

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De lá levaram um cofre com R$ 26 mil e dois computadores. Antes de ir embora, um dos bandidos voltou ao escritório do estabelecimento e atirou em Patrícia, que estava deitada e não havia reagido. Imagens das câmeras de segurança ajudaram a polícia a prender os marginais.

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) prendeu Thiago dos Santos Florão, 18, Wagner Marques de Miranda, 27, e Renato Bueno de Oliveira, 23, suspeitos de participar do assalto. Porém, quando o cofre foi encontrado, houve reviravolta nas investigações.

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Os três detidos não teriam nada a ver com o roubo, mas continuaram presos, porque eram foragidos da Justiça ou respondiam por outros crimes. O cofre estava na casa de Márcio Leandro Resende, 23, Luís Carlos Cândido, 31, e Sidimar Tiago Oliveira, 26, apontados como os verdadeiros autores do assalto. Os três permancem foragidos.