A caixa de supermercado Cláudia Siqueira Lino, 32 anos, foi libertada na noite de anteontem, próximo de sua casa, após ter sido seqüestrada por policiais civis de Almirante Tamandaré e mantida presa irregularmente por três dias. Tão logo o caso foi denunciado à Corregedoria da Polícia Civil, pelo marido dela – o motorista José Carlos Lino -, os investigadores de Tamandaré se mobilizaram e trataram de libertá-la, pois sabiam que a prisão havia sido feita de maneira irregular. “Só há duas maneiras de prender alguém: com mandado de prisão ou em flagrante. Fora disso qualquer prisão é ilegal”, comentou o delegado Gilson Garret Algauer, da Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria.
Cláudia, segundo informações desencontradas fornecidas pela polícia, estaria envolvida com uma quadrilha que praticava assaltos na região e fazia reuniões na casa dela. O caso deverá ser melhor esclarecido hoje pelo delegado de Tamandaré, Germino Marques Bonfim Filho. De acordo com a família de Cláudia, ela estava trabalhando quando os policiais entraram no mercado a algemaram e sumiram, sem dar qualquer explicação. Apoderaram-se ainda de um telefone celular, certa importância em dinheiro e do carro da família, a Caravan prata placa ACI-3820. Horas depois, à noite, invadiram também a casa da mulher e ameaçaram seus filhos.
“Estamos investigando toda a ação dos policiais e se confirmarmos que houve irregularidades vamos instaurar um inquérito e um procedimento administrativo para puni-los”, assegurou Algauer. Os acusados da irregularidade seriam três investigadores e o delegado de Tamandaré.