A embaixada brasileira na Holanda foi comunicada ontem, pela Polícia Federal, da denúncia que o menino João Rafael Kovalski, 2 anos, que desapareceu no Paraná, no fim de agosto, foi visto em um aeroporto de Amsterdã, capital do país. A família do garoto recebeu a ligação de uma mulher, que mora na Europa, fazendo a denúncia. Além disso, via rede social, outras pessoas afirmaram ter visto a criança em outras duas cidades daquele país, Eindhoven e Valkenswaard.

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Porém, a PF lamentou a falta de informações concretas, que possam dar um ponto de partida para as investigações. Segundo a assessoria da Superintendência da PF em Curitiba, as autoridades brasileiras na Holanda alegaram que a denúncia anônima é insuficiente, devido ao grande número de crianças com as mesmas características de João Rafael, naquele país.

Mesmo assim, o alerta foi feito e o cadastro do menino, no site da Interpol , com fotografias, informações pessoais e dados sobre o desaparecimento, é amplamente divulgado nas regiões onde ele teria sido visto. Na página do garoto no Facebook, brasileiros que moram na Holanda manifestaram apoio. Alguns afirmaram ter distribuído cartazes com o retrato de do menino.

O delegado da Polícia Federal, Renato Lima, que é representante regional da Interpol no Paraná, disse ao site G1, que a polícia também havia recebido outras dicas sobre o paradeiro da criança. “No ano passado disseram que ele estava em Nova York. Fizemos um contato com a polícia de lá. Eles foram até o local e não era o João Rafael”, disse o delegado. Ele alegou que qualquer informação que de um ponto de partida será válida. Denúncias  que João Rafael foi visto em São Paulo, Maringá e Londrina, chegaram à polícia, mas nenhuma se confirmou.

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João Rafael desapareceu no quintal de casa, na zona rural de Adrianópolis, 130 quilômetros de Curitiba. Um boné do garoto foi encontrado em um rio próximo, mas a família não acredita que ele tenha caído na água, porque o acesso ao local seria difícil para uma criança. A investigação ficou a cargo do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), com apoio da PF e Interpol.

Semelhança

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O caso da menina britânica Madeleine McCann, 3 anos, que desapareceu em 2007, em uma praia de portuguesa, se assemelha com o de João Rafael. Até o fim de 2011, cerca de dez pessoas afirmaram tê-la visto em locais diferentes. Desde Espanha, Suíça, Marrocos e Índia, até em Goiás. As investigações pararam em 2008, mas foram retomadas no ano passado.