A moradora de um prédio no Centro Cívico teve uma visão macabra ao sair na janela do apartamento, às 9h de ontem. Ela viu o corpo de um homem em cima de uma pedra, dentro do canal do Rio Belém, entre a Avenida Cândido de Abreu até a Rua Aristides Teixeira. Retirado das águas pelo Corpo de Bombeiros, a polícia constatou que o homem foi morto com várias facadas nas costas e tinha ferimentos na cabeça e joelhos.
O homem tinha entre 30 e 35 anos e morreu segurando um fone de ouvido e outro ficou na orelha. Tinha cabelos compridos loiros, barba, era magro, de aproximadamente 1.70m de altura e tinha uma tatuagem no braço esquerdo.
Vestia camiseta preta, bermuda branca, sandálias com meias e usava usava pulseira e um colar de coquinho. No bolso, carregava dois isqueiros. Nenhum documento foi encontrado.
Enquanto acompanhava o trabalho da perita Cristina, do Instituto de Criminalística, o investigador Job, da Delegacia de Homicídios, concluiu que o assassinato ocorreu no final da madrugada e foi cometido por mais de uma pessoa, levando em conta a região das facadas. Após matá-lo, os assassinos teriam jogado o corpo no rio. O desconhecido teria ferido a cabeça e joelhos ao batê-los na pedra.
Drogas
Com a chegada de vários curiosos e moradores do local, a Polícia Militar teve de isolar a área durante o resgate do corpo. Os vizinhos da ciclovia reclamaram que o trecho é frequentado por usuários de droga.
“A partir das 18h, é melhor não passar sozinho por aqui. Eles usam, se injetam e vendem droga. É triste ver moças jovens se drogando”, disse uma moradora de um prédio que tem fundos para a ciclovia.
O corpo do desconhecido foi a primeira vítima de homicídio a dar entrada no Instituto Médico-Legal (IML) desde o início da madrugada de segunda-feira. Nenhum assassinato foi registrado em cerca de 30 horas em Curitiba e região metropolitana (entre as 23h30 de domingo até a manhã de ontem).