A delegada Selma Braga, o escrivão Luiz Gustavo Amaral – ambos lotados no 8.º Distrito Policial -, o policial militar Eloir Antônio Padilha – subtenente do BPTran – e o empresário Sérgio Roberto foram denunciados por corrupção, pelo Ministério Público. Os policiais civis teriam aceitado propina para “aliviar” uma denúncia de ameaça e disparo de arma de fogo, em briga entre vizinhos. O PM teria intermediado a negociação e o empresário pago entre R$ 2 e R$ 3 mil para que a denúncia contra ele fosse mais branda.

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O coordenador estadual dos Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, explicou que a briga em um condomínio do Novo Mundo ocorreu em novembro. Um casal prestou queixa contra o vizinho no 8.º DP (Portão) e quando retornou para casa, percebeu um tiro na fechadura da porta do apartamento. As vítimas fizeram fotos do estrago, retiraram um fragmento de projétil e a fechadura e levaram ao distrito. Até então, afirmou Batisti, a conduta de policiais e vítimas foi correta.

Armário

Passados alguns dias, explicou o coordenador, o empresário foi intimado para dar sua versão, e chamou o subtenente, seu amigo, para ajudá-lo. O policial teria conversado com a delegada para retirar a acusação do disparo, que dá pena maior que de ameaça verbal. Batisti informou que a delegada aceitou a quantia para “esquecer” as provas do tiro. “Fizemos busca na delegacia e, num armário, encontramos o material”, disse Batisti. Cabe à Justiça agora analisar a documentação e acatar ou não a denúncia do MP. O Gaeco ainda solicitou que todos os policiais sejam suspensos de suas funções.

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