MP pede novas prisões preventivas para PMs

O Ministério Público requereu à Justiça a decretação de novas prisões preventivas para os PMs Juliano Vidal de Oliveira e Jean Adan Grott por envolvimento na morte de dois rapazes no ano passado, em Rio Branco do Sul. Eles já estão presos no Centro de Observação e Triagem (COT) desde abril do ano passado, acusados de participação na quadrilha apontada como responsável pela morte de mulheres em Almirante Tamandaré, dentre outros homicídios.

Segundo o promotor da PIC, Paulo Lima, o novo pedido se deve a informações recebidas de que as testemunhas que depõem nos inquéritos estão sofrendo ameaças. “Para que as testemunhas possam depor com segurança, resolvemos solicitar as prisões, com nova fundamentação. É uma garantia a mais de que eles permanecerão presos”, disse. Conforme o promotor, atualmente os policiais respondem por sete homicídios, dentre eles de duas mulheres.

O MP acusa os policiais de homicídio triplamente qualificado ? por motivação torpe, emprego de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de ocultação de cadáveres. O assassinato de Douglas Greichiweski, de 24 anos e Genivaldo Tadeu dos Santos, 20, foi cometido no dia 2 de março de 2002. Os corpos foram encontrados apenas quatro dias mais tarde, em uma ribanceira, à margem da Estrada das Florestas, na localidade de Vuturuvu dos Espanhóis. Apresentavam sinais de ferimentos no peito, provavelmente por faca, e sinais de tortura. Na época do crime, num boletim de ocorrências registrado por parentes das vítimas na delegacia de Almirante Tamandaré, poucos dias antes do desaparecimento, Douglas havia sido procurado em casa por PMs que não explicaram o motivo da “visita”.

Conforme os depoimentos colhidos no inquérito, os rapazes foram mortos como queima de arquivo. Douglas teria presenciado a execução de João Carlos dos Santos Pepe, 25, e José Aparecido de Freitas, 21, no dia 29 de dezembro de 1999, com tiros na cabeça, no bairro da Cachoeira, em Almirante Tamandaré. Essas mortes também foram atribuídas a PMs. Genivaldo, por sua vez, foi morto apenas por que acompanhava o colega.

O juiz de Rio Branco do Sul devera decidir nos próximos dias se acata ou não o pedido do MP.

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