MP pede inquérito da morte de bicheiro

As investigações iniciadas pelo 6.º Distrito Policial, para apurar a denúncia de que empresas legalmente constituídas em Curitiba estavam fornecendo notas fiscais falsas – poderá resultar no esclarecimento real de pelo menos três assassinatos ocorridos em Curitiba. Além das mortes do policial civil Antônio Roberto Spósito e do guardião Norberto Vieira, o “Português”, o assassinato do bicheiro Almir José Solarewicz, 45, ocorrido no ano passado, pode ser elucidado.

O delegado Gerson Machado libera poucas informações sobre o inquérito, porém garante que as mortes de Spósito e de “Português” têm relação uma com a outra. Já a do bicheiro seria um caso à parte, motivado pelo domínio não só o jogo do bicho em Curitiba, mas também do uso de máquinas caça-níqueis. O Ministério Público já se interessou pelas novas informações e pediu o inquérito, que está sendo remetido à 5.ª Vara Criminal. Ainda ontem, o promotor Mário José Esbalqueiro afirmou que, se estiverem surgindo novidades relevantes, como suspeitos ou acusados, os documentos serão aditados na denúncia anterior e outras investigações serão requeridas.

O que poderá atrapalhar um pouco o andamento das diligências são as férias forenses, agora no mês de julho. Mesmo assim, um promotor estará especialmente designado, já que nesse caso há um acusado preso, justamente Otaviano Sérgio Carvalho de Macedo, o “Serginho”, que teria ligações muito próximas com outro bicheiro curitibano, conhecido por Chico Feitosa. A mulher de Almir, Ivana Vasconcellos, em depoimento prestado no último dia 18, acusou Feitosa de ser o mandante da morte de seu marido.

Na verdade, “Serginho” foi o único preso pelo assassinato de Almir, embora testemunhas assegurem que dois homens atiraram contra a vítima. A Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações, contentou-se em apurar somente o nome dele, pedir sua prisão e encerrar o caso.

“Serginho” tinha conseguido fugir para os Estados Unidos. Embora estivesse vivendo em Orlando, resolveu voltar para Curitiba em maio, sendo preso no apartamento da irmã. O que ele veio fazer no Brasil, sabendo que era procurado até pela Interpol, não se sabe. Alguns boatos davam conta de que teria vindo pedir mais dinheiro ao bicheiro que encomendou a morte de Almir.

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